Publicado em: 27/05/2015 às 13:00hs
Menos custos com alimentação e medicamentos, aliados a mais lucros. A matemática mais desejada pelos produtores de leite tem encontrado resposta na raça frísio inglês, conhecida pela pelagem preta e branca (malhado), com uma incrível capacidade de adaptação, a genética originária da Inglaterra está invadindo o país tropical, em especial a região do semiárido nordestino.
O produtor Alex Guerreiro, da Fazenda Flor da Serra, em Limoeiro do Norte (CE), foi um dos que apostou na raça. “Hoje, o Frísio deixou de ser uma aposta e é uma realidade na fazenda. Ele está confirmado no nosso plantel e a tendência é que a genética ganhe cada vez mais espaço aqui na nossa propriedade”, garante. Entre as características que conquistaram o pecuarista: a rusticidade, o desempenho reprodutivo e o porte dos animais. “Com peso vivo médio de 500 kg, podemos ter mais animais por hectare e, consequentemente, mais leite”, completa.
A ABS Pecplan foi pioneira na importação e comercialização da raça no Brasil, há dez anos. Fernando Rosa, gerente de Produto Leite Tropical, explica que durante esse período a procura e a utilização da genética cresceram muito. “Conseguimos observar o desempenho dos animais e chamou muito atenção a adaptabilidade deles, principalmente, as altas temperaturas. São extremamente férteis e muito fortes”, descreve.
Ainda de acordo com o gerente, o produtor de leite consegue diminuir os custos com alimentação e veterinários. “São animais de boa eficiência alimentar, devido à menor estrutura da vaca. E com menor incidência de mastite. Além disso, conseguem se recuperar com mais facilidade e rapidez”, destaca.
O zootecnista Cristiano Poncio, consultor pecuário, conta que começou a se atentar para os benefícios da raça em 2009, quando morava nos Estados Unidos e que, hoje, acompanha o desenvolvimento em rebanhos no Ceará. “É um gado muito adaptado, muito forte, muito padronizado no tamanho e na pelagem. É um gado que eu já uso na minha propriedade, com confiança, sabendo o produto que eu vou colher lá na frente”, afirma.
Indicação. O Frísio Inglês é indicado, principalmente, para rebanhos voltados para o pastoreio, como a Dona Rita Grangeiro. “Fizemos a opção pela raça, por proporcionar um animal de médio porte, uma melhor padronização e uma boa adaptação ao sistema de pastejo”, comenta a pecuarista.
Fernando Rosa explica que a genética consegue manter o aumento de produção de leite nas fazendas, evitando a consanguinidade em rebanhos que já utilizam o holstein – holandês há muito tempo. “Hoje, temos no nordeste, uma média de produção em torno de 25 litros de leite por animal”, conta, descrevendo que os frísios britânicos são muito semelhantes aos holstein, embora um pouco menores do que os seus primos mais populosos.
Sobre as diferenças entre as duas raças, o gerente da ABS esclarece que o Holandês é a raça predominante devido à sua capacidade de produzir grandes volumes de leite de forma eficiente. “No Reino Unido, o Holandês estava com médias de 8.600 litros/lactação durante uma média de 3 lactações (3,92% em gordura e 3,18% em proteína) e intervalo entre partos de 428 dias em 2010. Já o Frísio Inglês estava com uma produção média de leite de 6.618 litros/lactação sobre a média 3,6 lactações (4,10% de gordura e 3,33% de proteína) com um intervalo entre partos de 401 dias em 2010”, detalha.
Em compensação, o Frísio Inglês tem um melhor acabamento de carne, proporcionando assim uma renda extra para a fazenda. “Há a vantagem adicional da renda a partir do bezerro macho, que pode ser colocado em sistemas de confinamento (acabamento de 11 meses) ou novilhos tomadas para terminar em dois anos, em um sistema barato de pasto e silagem”, completa Fernando Rosa.
No mercado. Atualmente, na bateria Leite da ABS Pecplan o produtor encontra duas opções da genética Frísio Inglês: QUENTIN (com disponibilidade de sêmen sexado) e BENLOYAL. Conheça mais na página dos touros: http://www.abspecplan.com.br/?pages=bulls&raca=62
Fonte: Assessora de imprensa ABS Pecplan
◄ Leia outras notícias