O Paraná possui por volta de 114 mil produtores de leite, sendo quase 50% deles agricultores familiares. A expectativa de produção para 2014, de acordo com dados do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), é de 4,5 bilhões de litros. Quando analisados os preços de comercialização do litro de leite no Paraná nos últimos anos, é possível perceber que os números crescentes da Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) para a comercialização de sêmen no mercado seguem uma tendência de aumento frente aos preços.

2012 - Em 2012, por exemplo, o litro do leite fechou com média de venda de R$ 0,80, saltou para R$ 0,94 em 2013 e este ano, até o mês de agosto, está com média de R$ 0,99. De janeiro a agosto de 2014, os preços pagos aos produtores se elevaram 3%, atingindo a casa de R$ 1,02 o litro do leite. "O momento está bom e, capitalizado, o produtor pensa em reformar sua pastagem, na nutrição do gado e começa a focar, a mais longo prazo, em agregar genética no plantel para colher melhores resultados em três, quatro anos. É claro que todo o sistema é importante, mas na minha opinião a genética tem peso maior que 50%", diz Fábio Mezzadri, técnico do Deral.

Produtividade - Em regiões onde a genética é disseminada, como nos Campos Gerais, é comum encontrar animais com produtividade de 30 litros de leite por dia. Porém, a média do Estado está bem abaixo disso, em torno de 10 litros por dia. "No Paraná, mesmo os pequenos produtores se utilizam da genética para melhorar a produtividade. Muitos estão inseridos em cooperativas e sempre há um técnico ou veterinário para realizar o trabalho de inseminação. Uma boa dose de sêmen custa em torno de R$ 20 e a mão de obra para inseminação na faixa de R$ 8."

Ritmo - Por fim, a exportação de leite esse ano ganhou ritmo no Estado. No primeiro semestre, o Paraná exportou 210% a mais em volume em relação ao mesmo período do ano de 2013, de 635 toneladas para 1,96 mil toneladas. Em receita, o salto foi de US$ 2,72 milhões para US$ 8,85 milhões, acréscimo de receita de 225%. "Com o câmbio favorável, a exportação se tornou uma boa opção aos produtores e laticínios. A demanda pelo leite melhorou e o Paraná possuía produto para realizar as transações", completa Mezzadri.