Bovinos Leite

Lançamento da 1ª Ordenha Carrossel para Girolando

Grupo mineiro inova na ampliação da produção de leite com conceitos modernos de sustentabilidade


Publicado em: 07/10/2015 às 13:15hs

Lançamento da 1ª Ordenha Carrossel para Girolando

Num cenário em que não se vê luz no fim do mandato, há quem trabalha para reerguer o gigante em recessão. O pessimismo generalizado da economia brasileira – não por acaso – alastra-se por diversos segmentos, mas a atividade agropecuária segue investindo e inovando.

Em evento realizado no dia 23 de setembro, na sede de uma fazenda centenária, em Passos (MG), o ex-ministro da Agricultura, Dr. Roberto Rodrigues, a partir de dados da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) e a FAO (Organização da ONU para Alimentação e Agricultura) afirmou que a oferta mundial de alimentos tem de crescer 20% até 2020 para garantir a segurança alimentar. “Para que a oferta cresça 20, o Brasil precisa avançar 40%. Temos terra disponível, gente competente e tecnologia tropical de ponta”, argumenta.

Neste mesmo evento, na presença de lideranças do setor o Grupo Cabo Verde lançou a primeira ordenha carrossel projetada exclusivamente para animais Girolando - raça que representa a maior parte da produção leiteira nacional. Um projeto inovador, no qual a tecnologia possibilita a exploração da atividade leiteira de maneira sustentável do ponto de vista econômico, social e ambiental.

CONCEITOS SUNSTENTÁVEIS

O novo projeto da Fazenda Santa Luzia - unidade de produção de leite do Grupo Cabo Verde – reúne as mais avançadas tecnologias, que interligam conceitos com foco em racionalidade de mão de obra, produtividade, qualidade do leite e sustentabilidade. A expansão funciona em uma área de 65 hectares irrigados por pivô central. No centro dessa área foi construída uma sala de ordenha carrossel, toda automatizada, com 40 postos e capacidade para ordenhar de 200 a 240 vacas por hora. Quando o animal entra no carrossel, um sensor faz a leitura do número do animal e, de acordo com a produção de cada um, determina a quantidade de ração a ser-lhe fornecida durante a ordenha. Conta ainda com portão automático de separação dos animais integrado com um moderno centro de manejo.

Todos os dejetos gerados pela atividade são processados e reutilizados na irrigação das pastagens através dos pivôs, o que garante autossuficiência na adubação. As inovações contemplam ainda captação de água da chuva, tratamento de esgoto e geração de energia em biodigestores.

Para financiar o projeto, o Grupo utilizou linhas de crédito do Inovagro e do ABC (Agricultura de Baixo Carbono). A opção pela produção de leite a pasto e o sistema de ordenha carrossel possibilitaram a redução do custo de produção, como aponta Maurício. “Desenhamos a exploração com irrigação, pois uma de nossas fragilidades é a variação climática, que hoje é muito acentuada. Temos o pasto, mas se não há chuvas não temos alimento. Decidimos, então, por ter mais segurança e garantir os custos de produção.”

O FUTURO EM DOBRO

“Atualmente, estamos produzindo 28 mil litros diários com 1.500 vacas em lactação, sendo que no projeto novo, são 550 em ordenha, mas devemos chegar a 700 até o final do ano, estabilizando a produção em 30.000 litros/dia. Uma segunda etapa do projeto está em estudo, com previsão de implantação prevista para 2018, contemplando mais uma sala de ordenha carrossel e alojamento de mais 700 vacas, numa área de 62 ha irrigados por pivô central (já em funcionamento), chegando a 2500 vacas em lactação o que nos fará atingir a produção média de 40 a 45.000 litros/dia”, descreve Maurício Silveira Coelho, gestor da Fazenda Santa Luzia.

O contexto econômico é desafiador, mas o Brasil tem vocação agrícola. Os números robustos do agronegócio mostram que, muito mais que não desistir do Brasil, é preciso valorizar quem sempre fez - e faz - por esta terra. Só em 2014, o sistema agroindustrial brasileiro foi responsável por movimentar R$1,18 trilhão - ou 24% do PIB -, e foi responsável por 30% da manutenção do emprego e 43% do volume de exportações nacionais, de acordo com dados da FGV/EESP (Escola de Economia de São Paulo).

O exemplo de otimismo, inovação e empreendedorismo do Grupo Cabo Verde será seguido por quem busca gestão sustentável e produção em grande escala. Essa somatória gera empregos e riqueza organizada ao País e o equipara àqueles onde os tributos refletem em incentivo aos homens do campo. Mesmo sem poder contar com uma política clara de incentivo e proteção que garanta aos agropecuaristas brasileiros as mesmas condições de seus concorrentes estrangeiros, o setor se reinventa a cada safra, superando recordes de produção. O Brasil tem um time nos campos que há muito não perde de goleada.

Fonte: Berrante Comunicação

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