No final de agosto, o bovinocultor Evaldo Kliemann, associado da Copagril, recebeu uma ótima notícia. A sua propriedade, localizada na linha São José, em Quatro Pontes, está certificadamente livre de brucelose e tuberculose bovina. Esta é a primeira propriedade da regional da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) de Marechal Cândido Rondon que recebe a certificação, concedida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Plantel - A família Kliemann iniciou na atividade leiteira nos anos 80, com apenas quatro vacas uruguaias, compradas da Copagril. Desde lá, o plantel foi aumentando e chegou a 110 cabeças, todos animais gerados na propriedade. “Eu sei que é um gado bom e saudável, pois somos nós que criamos, não vem nada de fora”, afirmou Evaldo. E este é um dos fatores que colaborou na conquista da certificação.

Principal atividade- Tendo a bovinocultura leiteira como principal atividade pecuária, garantir a qualidade do produto e a sanidade dos animais é um benefício a mais. “Quando a área técnica da Copagril e o pessoal da Adapar sugeriu que eu buscasse a certificação, fiquei indeciso, mas depois nós concluímos que só nos traria benefícios”, destacou. A certificação é uma forma de garantir a qualidade do produto pecuário e baixo risco sanitário.

Certificação - Segundo o chefe local da Adapar, Nilson de Freitas Gouveia, a certificação segue normas do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal (PNCEBT). “São feitos três exames nos animais, com intervalos de três meses do primeiro para o segundo exame e de seis meses do segundo para o terceiro. Se todos derem negativo, obtém-se o certificado”, explicou.

Testes - Os testes de brucelose são realizados em fêmeas com mais de 24 meses que foram vacinadas entre três e oito meses e em machos com mais de oito meses. Para a tuberculose, todos os animais com mais de seis semanas são examinados. “Também é necessário controlar o trânsito de animais na propriedade, só podem entrar os vindos de outra propriedade certificada ou que tenha, pelo menos, dois exames negativos para brucelose e tuberculose”, alertou. A certificação tem validade de um ano e anualmente são feitas revalidações.

Processo - Todo o processo de certificação é acompanhado por um médico veterinário, que fica responsável pelo manejo sanitário da propriedade. No caso de Evaldo, foi Alexandre Herzog, veterinário terceirizado da Copagril, que fez o acompanhamento.

Vantagens - Nilson explicou que os animais procedentes de propriedades certificadas são dispensados de testes para estas doenças no momento da venda. “Isso facilita a comercialização dos animais, é seguro para quem vende e quem compra. Gostaria que mais produtores buscassem a certificação, porque quanto mais propriedades forem mais segurança teremos, para a nossa saúde e dos animais”, ressaltou. “Tenho a satisfação e a certeza do que tenho na propriedade, animais bons, livres destas duas doenças. Isto me traz mais segurança de ter um leite de qualidade e também animais saudáveis na hora da venda”, comentou o orgulhoso Evaldo.

Como requerer a certificação - A certificação é voluntária, todos os interessados podem requerê-la. É preciso, primeiro, ter um médico veterinário habilitado junto ao Mapa, que se responsabilizará pelo saneamento da propriedade. Depois, basta ir à Adapar e informar o interesse pela certificação. Aí serão realizados os procedimentos e a documentação necessária, enquanto o produtor e o veterinário iniciam os exames. Assim que saírem os três resultados negativos para cada doença, a propriedade será certificadamente livre de brucelose e tuberculose.

Preocupação constante - A sanidade animal é uma constante preocupação dos fomentos pecuários da Copagril, que entendem que animais saudáveis produzem mais, com mais qualidade e causam menos desgastes para os produtores. Para isso, a assistência técnica está sempre à disposição dos associados para orientar e fornecer as melhores alternativas em produtos e manejo.