Publicado em: 24/06/2013 às 08:00hs
Os valores de referência dessa matéria-prima, calculados pelo Conselho Paritário Produtor/Indústria de Leite do Estado (Conseleite), aumentaram mais 4,4% para este mês de junho, ampliando os ganhos dos produtores rurais.
O presidente do Conseleite e vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de SC (Faesc), Nelton Rogério de Souza, enfatiza que, neste momento, a atividade leiteira é a principal, do agronegócio catarinense, a irrigar o campo com recursos financeiros: são cerca de 180 milhões de reais por mês.
O dirigente realça a crescente expressão social e econômica da cadeia produtiva do leite. A indústria de leite tem capacidade instalada para processar 10 milhões de litros/dia, mas, os 80.000 produtores de leite geram 6 milhões de litros/dia. O preço ao produtor está ótimo, em torno de 1 real ao litro. A seca na Nova Zelândia e a redução da oferta fizeram a tonelada do leite em pó no mercado mundial saltar de 3.000 para 5.000 dólares/tonelada.
A evolução dos valores de referência calculados pelo Conseleite expressa essa realidade do mercado. O preço de referência do leite padrão que estava em R$ 0,8301 em maio, considerado o produto apanhado nas propriedades rurais e com Funrural incluso, foi projetado para R$ 0,8670 em junho.
Na segunda quinzena de julho o Conselho volta a se reunir para anunciar os números definitivos de junho e a projeção para julho. Embora tenha esses valores como referência negocial, o mercado – como de praxe – está praticando preços superiores, que variam de R$ 0,95 a R$ 1,00 o litro. As indústrias de processamento de leite estão pagando pela qualidade, o que representa até 15% a mais nos ganhos do pecuarista. Por isso, o produto acima do padrão tem maior valor de referência, ou seja, de R$ 0,9971.
O presidente do Conseleite observa que, apesar das importações de leite do Uruguai e da Argentina, que inundam o mercado brasileiro, os preços praticados pelos laticínios na compra da matéria-prima continuam em elevação.
Santa Catarina é o quinto produtor nacional, o Estado gera 2,2 bilhões de litros/ano. Praticamente, todos os estabelecimentos agropecuários produzem leite, o que gera renda mensal às famílias rurais e contribui para o controle do êxodo rural. O oeste catarinense responde por 73% da produção.
A produção de leite continuará crescendo em Santa Catarina, prevê Nelton, porque proporciona muitas vantagens aos produtores de médio e pequeno porte: garante renda mensal, permite bons volumes de produção em pequenas áreas, o risco da atividade é mínimo, os custos de produção estão caindo e a produtividade aumentando.
Em consequência de intenso treinamento ofertado pelas agroindústrias e custeado pelas agências de formação profissional – Senar, Sebrae e Sescoop – o produtor foi qualificado para a atividade leiteira tecnificada.
Fonte: Assessoria de Imprensa Faesc
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