Publicado em: 04/02/2025 às 08:00hs
A compreensão do comportamento dos bovinos leiteiros tem se mostrado cada vez mais importante para aprimorar a saúde, o bem-estar e a eficiência produtiva desses animais. Essas características comportamentais oferecem uma base valiosa para ajustes no manejo e na seleção genética, especialmente em sistemas de produção intensiva, onde os desafios relacionados à interação humano/animal e a adaptação dos bovinos são maiores.
O comportamento de um animal reflete sua resposta a fatores internos e externos, como ambiente, manejo e interação social. A observância desses sinais pode oferecer pistas sobre a saúde e o desempenho produtivo:
Embora o comportamento animal seja influenciado pelo ambiente, ele também possui base genética. Estudos mostram que traços comportamentais apresentam heritabilidade moderada, permitindo avanços via seleção genética. Isso significa que podemos identificar e selecionar animais que:
A implementação de tecnologias de precisão, como sensores, câmeras e pedômetros, tem revolucionado a capacidade de monitorar comportamentos de forma objetiva e em tempo real. Essas ferramentas possibilitam:
Com a ampliação do uso de tecnologias e a integração de dados comportamentais em índices genéticos, espera-se que nos próximos anos possa haver:
A integração entre genética, comportamento e tecnologia está transformando a maneira como gerenciamos e selecionamos bovinos leiteiros. Estudos reforçam que entender e aplicar o conhecimento sobre o comportamento animal é essencial para o futuro da produção leiteira. Ao combinarmos esses avanços, estaremos não apenas maximizando a eficiência e a lucratividade, mas também promovendo o bem-estar animal e a sustentabilidade do setor.
Este artigo conta com informações contidas no texto “Phenotyping strategies and genetic background of dairy cattle behavior in intensive production systems—From trait definition to genomic selection (Pacheco, H. A., Hernandez, R. O., Chen, S.-Y., Neave, H. W., Pempek, J. A., & Brito, L. F.), publicado no Journal of Dairy Science em janeiro deste ano.
Por Timotheo Souza Silveira, zootecnista, doutor em Nutrição Animal e Consultor Técnico de Leite da ALTA
Fonte: Alta
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