Publicado em: 06/03/2014 às 13:40hs
“Nós estamos finalizando os plantios. E vamos começar a adubação de cobertura e o controle de plantas invasoras”, explica o coordenador regional do Biomas na Amazônia, Alexandre Mehl Lunz.
Mais de 15 mil mudas já foram plantadas. E o processo não é tão simples quanto parece. Uma equipe de sete a oito homens trabalha incessantemente. Primeiro, uma máquina revolve o solo e faz o buraco, em seguida um dos trabalhadores joga o calcário, que serve para equilibrar e corrigir a acidez do solo. Na sequência, um composto de fertilizantes, que vai suprir a demanda nutricional da planta, é colocado na mesma cova. Esse adubo é composto principalmente, de ferro.
Em seguida, é a vez do hidrogel, que como o próprio nome já sugere, é um gel que retém a água da irrigação por cerca de 10 a 15 dias e vai disponibilizando para a planta de maneira gradativa. “É uma ferramenta importante especialmente na época de seca”, complementa Lunz. Depois de irrigada, uma outra máquina, que funciona como uma batedeira, vai revolver o solo para misturar o calcário, o adubo e o hidrogel para que a muda seja plantada. Mas tudo isso é feito em uma velocidade inacreditável. A equipe lembra formigas trabalhando. “Até a próxima semana vamos finalizar tudo”, prevê Alexandre.
A área que a pesquisadora da Embrapa, Débora de Aragão, tem disponível para implementar o seu subprojeto já está pronta. As mudas estão plantadas e ela conta que está ansiosa para começar a ver os resultados. “Eu consorciei castanha, andiroba e pau preto com mandioca. Escolhi essas espécies em função da demanda regional”, explica ela.
Estação climática automática
Desde dezembro o projeto biomas na Amazônia conta com uma estação climática automática que de dez em dez minutos recolhe informações como a temperatura, a umidade, precipitação, pressão atmosférica, direção e velocidade do vento. Para o coordenador do projeto o aparelho é de fundamental importância. “ Isso porque as árvores serão mensuradas, nos três primeiros anos duas vezes ao ano, e partir do quarto, uma vez, e a correlação desses dados de crescimento, diâmetro e altura, estão sempre ligados ao clima. “Então, tendo essa captação de dados você consegue suprir todos os anseios dos pesquisadores”, finaliza Alexandre Mehl Lunz.
Área Experimental
É na região de Marabá, no sudeste do estado do Pará, a cerca de 500 quilômetros de Belém, que fica a pequena São Domingos do Araguaia. No município, de pouco mais de vinte mil habitantes, está a fazenda Cristalina, a área experimental do Projeto Biomas na Amazônia.
Sobre o Projeto Biomas
O projeto Biomas, fruto de uma parceria entre a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), é uma iniciativa inédita no Brasil e tem como objetivo identificar formas sustentáveis para viabilizar a propriedade rural brasileira considerando o componente arbóreo em seus sistemas propostos. Os estudos estão sendo desenvolvidos nos seis biomas brasileiros. O Projeto Biomas tem o apoio do SEBRAE, Monsanto, John Deere e Vale Fertilizantes.
Fonte: Assessoria de Comunicação Digital do Sistema CNA/SENAR
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