Publicado em: 09/07/2013 às 10:00hs
Saber a fazenda de origem de uma peça de carne, o nome do produtor e se o gado foi criado em condições sanitárias adequadas. Ou então verificar onde foi cultivada uma fruta ou hortaliça, ver fotos do sítio e certificar-se de que os produtos não contêm resíduos de agrotóxicos acima dos limites aceitáveis.
Essas informações já estão disponíveis para carne bovina, frutas, verduras e legumes vendidos nas 615 lojas Pão de Açúcar e Extra espalhadas pelo país. Para checar o histórico dessas mercadorias, basta o comprador baixar um aplicativo no celular e escanear o código de barras dimensional da embalagem do produto. Ou então entrar no hotsite do Pão de Açúcar e digitar o código do produto.
“Para o consumidor, o produto rastreado se traduz em um alimento mais seguro”, diz Leonardo Miyao, diretor comercial do Grupo Pão de Açúcar.
O êxito desse programa pioneiro, lançado em 2008, é medido pelo aumento de quase 20% nas vendas de frutas, legumes e verduras rastreados entre 2010 e 2012. Mas os ganhos vão além. O rastreamento permite monitorar pontos críticos na cadeia produtiva, identificar os melhores e piores fornecedores e sugerir melhorias.
Após a adoção do programa, a devolução de mercadorias devido à baixa qualidade caiu pela metade. Em dois anos, a rede varejista deve estender o programa de rastreamento para carnes de porco, frango e pescados.
O produtor que adere ao programa também tem vantagens. O Pão de Açúcar não paga um prêmio em dinheiro aos melhores fornecedores, mas faz mais negócios com eles. De 40 produtores de morango do sul de Minas Gerais que abasteciam a rede, 28 foram descredenciados por ultrapassar o limite de resíduos de agrotóxicos. Os 12 que restaram entregam hoje volumes maiores ao grupo.
Outro benefício é que o rastreamento se torna uma ferramenta de gestão, já que obriga o produtor a registrar seus passos: datas e formas de plantio, aplicações de adubos e defensivos, colheita, embalagem, transporte. O produtor deve obedecer a padrões de boas práticas agrícolas e cumprir à risca as exigências sanitárias.
Isso ajuda a organizar os processos, com reflexos na qualidade e na produtividade. Além disso, o produtor pode verificar, em uma plataforma online, as notas de qualidade atribuídas pelo Pão de Açúcar. Assim, ele pode monitorar seu desempenho e comparar com o de outros fornecedores.
Fonte: Exame
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