A 6ª INTERCONF – Conferência Internacional de Confinadores reuniu ontem (10) em Goiânia, no seu segundo dia de programação, com presença marcante de público entre confinadores, zootecnistas, agrônomos e médicos veterinários e executivos do agronegócio que acompanharam ciclo de plenárias dos painéis sobre a Segurança Alimentar e Flexibilidade de Produção para Abrir Mercados e a Cadeia Produtiva da Carne Bovina.

No segundo dia de atividades da Conferência, o presidente da Associação Nacional dos Confinadores (Assocon), Eduardo Alves de Moura, destacou como um dia extremamente positivo, em que a participação dos confinadores foi maciça atingindo o objetivo maior do evento: o conteúdo trazido pelos palestrantes que expuseram temas importantes destacando a realidade e o futuro da nossa pecuária.

“Nós pecuaristas, junto com os agricultores é que geramos emprego e renda ao setor do agronegócio. Fazemos com que este país continue crescendo e a agropecuária permanecendo no grau da sua importância para nós e para o mundo. Sabemos que nem sempre isso é reconhecido pelas autoridades e mercados concorrentes. Portanto, aqui estamos, para apontar tendências, inovações e os cenários do Brasil e do mundo na cadeia da carne bovina, as perspectivas tecnológicas para a pecuária como um todo”, disse Moura.

Nesta quarta-feira, a programação foi aberta pelo economista-chefe do Rabobank Brasil, Robério Costa, que falou sobre a Influência do Cenário Macroeconômico na Agropecuária Mundial – O Brasil e o Mundo.

As informações de Robério promoveram aos conferencistas interessante discussão econômica em torno da atividade agropecuária em âmbito global. Já em específico sobre o peso e importância da Conferência em reunir para o debate os três elos da cadeia produtiva tanto do Brasil como ainda com participações de confinadores do Uruguai, Argentina, Estados Unidos e Austrália, Robério pontuou que o Brasil tem característica diferenciada na produção de carne por produzir todos os insumos.

“Nosso país tem terra, clima, boi, grãos e tem tecnologia, tem know-how de como fazer ou produzir. Porém, a nossa maior dificuldade são as barreiras comerciais e sanitárias impostas pelos nossos concorrentes internacionais. Precisamos incorporar valor a nossa produção, mas sabemos que não é ainda essa a nossa realidade. Para isso, esta a cargo do Governo, tentar nas instâncias legais remover gradativamente essas barreiras ou pelo menos minimizá-las, para que o Brasil consiga mais espaço no mercado externo e consiga, por exemplo, ampliar a sua comercialização de carne bovina”, disse Costa.

DIA DE CAMPO - A Conferência fechará sua programação com o dia de campo no Confinamento Fazenda Mirante, pertencente ao grupo GT Agronegócios, em Nerópolis (GO), município distante apenas 25 quilômetros de Goiânia (GO).

A Fazenda Mirante faz a engorda de gado confinado desde junho de 2000 e tem a capacidade de alojamento de até 14.400 animais, em 120 currais. A propriedade trabalha com o sistema de boitel e parceria com pecuaristas da região.

No local, os participantes vão conhecer o sistema de recria e engorda com o uso em conjunto de pastagens e confinamento na terminação feita na fazenda que é certificada para exportar 100% da sua produção para a União Europeia.