O período de final de mês, quando a população ainda não recebeu os salários e tende a consumir menos carne, especialmente a bovina, com maior valor agregado, é um dos fatores de queda nos preços.

Também há o fato de janeiro ser um mês crítico para o consumo em geral, devido aos gastos com impostos e contas advindas do final do ano. O poder de compra do consumidor diminui.

O ano começou com preços firmes, tanto para a carne com osso quanto para a desossada, contrariando a tendência dos anos anteriores.

Isso porque os estoques estão mais estreitos, o que deu oportunidade às indústrias de manterem firmes os preços e incrementarem a margem de comercialização. No entanto, essa tendência não se sustentou.

Os estoques continuam limitados, dada a dificuldade de compra de animais terminados e consequente diminuição dos abates.

Entretanto, nem a limitação dos estoques foi suficiente para dar firmeza ao mercado, ou seja, o consumo está aquém da oferta.

Mesmo a proximidade do Carnaval, com tendência de aumento de reposição de estoque do varejo, não tem estimulado as vendas por enquanto.

Estoques estão curtos, mas a redução da demanda tem descartado a possibilidade de valorização no atacado.