Publicado em: 03/06/2024 às 12:10hs
O mercado físico de boi gordo no Brasil experimentou uma significativa queda de preços ao longo do mês de maio. Segundo Fernando Iglesias, analista da Safras & Mercado, a tendência de baixa deve continuar, pois a oferta crescente mantém as escalas de abate dos frigoríficos confortáveis.
Iglesias destaca a necessidade de atenção dos pecuaristas à inversão do ciclo pecuário, prevista para o final deste ano. Ele explica que, em algum momento, o ritmo de nascimentos não acompanhará a demanda por animais de reposição, o que deverá elevar os preços, começando pelas categorias mais jovens devido ao descarte significativo de fêmeas.
No dia 29 de maio, os preços da arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do país eram:
O mercado atacadista também apresentou fraqueza ao longo de maio. O preço do quarto traseiro do boi caiu 1,73%, de R$ 17,30 por quilo para R$ 17,00 por quilo. Já o quarto dianteiro teve uma retração de 10,07%, passando de R$ 13,90 para R$ 12,50 por quilo.
Segundo Iglesias, as quedas nas cotações resultam do consumo menos aquecido ao longo do mês e do elevado volume de carne estocada pelas indústrias. O ambiente de negócios sugere a continuidade desse movimento de queda no curto prazo.
As exportações brasileiras de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada totalizaram US$ 807,935 milhões em maio (17 dias úteis), com média diária de US$ 47,525 milhões. O volume exportado foi de 178,869 mil toneladas, com média diária de 10,521 mil toneladas. O preço médio da tonelada foi de US$ 4.516,90.
Comparando com maio de 2023, houve um aumento de 21,8% no valor médio diário das exportações, um ganho de 37,4% na quantidade média diária exportada, e uma desvalorização de 11,4% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
Fonte: Portal do Agronegócio
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