Publicado em: 18/09/2025 às 19:00hs
A produção de carne bovina no Brasil deve registrar uma retração de 3,5% em 2026, somando 10,6 milhões de toneladas em equivalente carcaça, de acordo com projeções divulgadas nesta quinta-feira (18) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
A Conab explica que a queda é resultado da redução da oferta de animais para abate, reflexo da recomposição dos rebanhos após três anos de forte abate de fêmeas. O Brasil, maior exportador mundial da proteína, deve sentir os efeitos desse movimento no ciclo pecuário.
Na véspera, a consultoria Datagro já havia sinalizado projeção semelhante. Também durante um evento em São Paulo, um executivo da JBS afirmou que a companhia vem se preparando para essa mudança no mercado.
Segundo a Conab, a retração da produção bovina tende a pressionar os preços da arroba e estimular a busca por proteínas alternativas, especialmente frango e suíno, que devem ganhar participação no consumo doméstico.
A produção de carne de frango deve crescer 2,8% em 2026, alcançando 15,93 milhões de toneladas. O desempenho será sustentado pela retomada das exportações após os embargos sanitários de 2025 e pelo custo competitivo em comparação à carne bovina.
As exportações de frango foram estimadas em 5,36 milhões de toneladas para 2026, frente a 5,23 milhões de toneladas em 2025.
Já a produção de carne suína deve avançar 3,6%, chegando a 5,77 milhões de toneladas. As exportações também devem atingir um novo recorde, estimadas em 1,53 milhão de toneladas no próximo ano.
O relatório da Conab destaca que a elevação no preço da carne bovina deve reforçar a substituição por proteínas de menor custo, principalmente entre consumidores de menor renda.
No varejo, a carne de frango deve seguir como a proteína mais acessível, enquanto a carne suína se consolida como uma alternativa cada vez mais competitiva no prato dos brasileiros.
Fonte: Portal do Agronegócio
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