Publicado em: 26/05/2022 às 12:50hs
Ao longo do tempo o referencial acabou se perdendo porque a carne bovina (como um todo) passou a experimentar valorização maior que a do frango, processo fortemente acelerado a partir do final de 2019, quando as exportações de carne bovina registraram firme expansão, com reflexos inclusive no varejo interno.
Para melhor ilustrar, entre 2014 e 2019, enquanto os preços do frango no varejo evoluíram a uma média de pouco mais de meio por cento ao mês, os da carne bovina registraram variação próxima de 1% ao mês – o que parece pouco, mas representa diferença significativa, pois, entre os dois extremos desse período, o frango acumulou variação de 50%, bem abaixo, portanto, dos 86% acumulados pela carne de segunda.
Porém, essa diferença se acentuou ainda mais a partir de 2020. Tanto que – entre agosto e setembro de 2021, quando os preços das duas carnes atingiram recordes históricos no varejo – frente a uma evolução acumulada de pouco mais de 110% no preço do frango, o da carne bovina de segunda acumulava aumento de, praticamente, 210%.
Naturalmente, isso aumentou de forma significativa o poder de compra do frango abatido em relação à carne bovina de segunda. Assim, se na média de 2019 o valor pago por um quilograma de carne bovina permitiu ao consumidor adquirir pouco mais de 2,750 kg de carne de frango, nos dois anos seguintes essa média subiu para 3,385/3,475kg.
Neste ano (janeiro/abril), com a valorização do frango abatido, esse volume sofreu ligeiro recuo. Mas na média do quadrimestre, com o valor pago pelo quilo da carne bovina de segunda, foi possível adquirir pouco mais de 3,180 kg de frango abatido, quantidade 12% superior à registrada em 2019.
Fonte: AviSite
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