Publicado em: 23/01/2023 às 10:50hs
Isso, provavelmente já vem ocorrendo, possibilidade que fica mais clara quando se analisam os preços dos dois produtos ao nível do consumidor, conforme levantamentos mensais do Procon-SP no varejo da cidade de São Paulo.
Exemplificando com a carne bovina de segunda, a concorrente mais próxima da carne de frango, constata-se que em relação ao maior preço já registrado – R$36,89/kg em agosto de 2021 – 2022 foi encerrado com um valor mais de 12% inferior (R$32,36/kg em dezembro último). Já o frango resfriado – que ainda caminha “no rabo do boi” e cujo preço máximo no varejo ocorreu dois meses depois (R$12,14/kg em outubro de 2021), encerrou o ano passado valendo apenas 2,31% menos (R$11,86/kg em dezembro/2022).
Mas o efeito disso se torna bem mais visível (gráfico abaixo) pelas médias anuais. Assim, enquanto em 2021 o consumidor paulistano pode adquirir, em média, cerca de 3,5 kg de frango resfriado ao preço de 1 (um) quilograma de carne bovina de segunda, no ano passado esse volume recuou mais de 15%, recuando para pouco mais de 2,9 kg de carne de frango.
Bem mais grave, porém, é constatar que em dezembro de 2022 o poder de compra da carne de frango em relação à carne bovina recuou ao menor nível dos últimos cinco anos, ficando quase um terço menor (32%) que a registrada no pico de 2021.
Na realidade, porém, essa perda de competitividade da carne de frango poderia ter sido menor, pois, no decorrer de 2022, seus preços recuaram tanto quanto o da carne bovina. Mas enquanto no atacado paulista o frango abatido chegou ao mês de dezembro valendo 10% menos que em abril (pico de preço do ano), no varejo paulistano a variação foi igual a “zero”. Ou seja: a queda de preço da carne de frango não foi repassada ao consumidor.
Fonte: AviSite
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