Publicado em: 04/07/2025 às 16:00hs
O mercado físico do boi gordo registrou valorização na maioria das regiões brasileiras ao longo de junho, refletindo um cenário de escalas de abate mais curtas e maior procura por parte dos frigoríficos, especialmente na primeira metade do mês.
De acordo com o analista Fernando Henrique Iglesias, da Consultoria SAFRAS & Mercado, a alta dos preços da arroba foi mais intensa nos primeiros 15 dias de junho, quando as escalas de abate estavam apertadas, forçando a indústria a pagar mais para garantir o abastecimento.
Já na segunda metade do mês, os frigoríficos retomaram o poder de barganha, reduzindo o ritmo de alta e pressionando os pecuaristas, o que diminuiu a força do movimento de valorização.
A expectativa para julho é de boa disponibilidade de animais terminados em regime intensivo, incluindo contratos a termo e confinamentos próprios, o que pode ampliar a oferta no mercado.
No entanto, segundo Iglesias, o fator que pode conter quedas mais acentuadas nos preços é a forte demanda externa pela carne bovina brasileira, que segue aquecida e é considerada uma variável importante para sustentar o mercado.
Confira os valores da arroba do boi gordo (modalidade a prazo) nas principais regiões produtoras, com comparação ao dia 29 de maio:
As exportações brasileiras de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada movimentaram US$ 917,05 milhões em junho, com média diária de US$ 65,50 milhões, de acordo com dados preliminares do governo até 22 de junho.
No período, o país exportou 168,84 mil toneladas, com média diária de 12,06 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 5.431,60.
Em comparação com junho de 2023, houve:
O cenário aponta para um mercado ainda sustentado pela demanda externa, apesar do aumento esperado na oferta interna. A eficiência na gestão de escala pelos frigoríficos e o comportamento das exportações seguirão como fatores decisivos para a formação dos preços da arroba nas próximas semanas.
Fonte: Portal do Agronegócio
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