Publicado em: 14/10/2025 às 12:40hs
O Mato Grosso apresentou uma valorização de 35,66% na arroba do boi gordo em setembro de 2025, segundo dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA). A cotação a prazo ficou em R$ 299,92/@, ante R$ 221,09/@ no mesmo período do ano anterior.
O IMEA destaca que esse aumento reflete o fortalecimento do mercado bovino estadual, impulsionado pelo ritmo das exportações brasileiras de carne. Em 2024, a alta nos preços já vinha sendo motivada pela menor oferta de animais prontos para o abate.
Em setembro de 2025, o estado registrou recorde no volume exportado de carne bovina, enviando 98,98 mil toneladas em equivalente de carcaça (TEC) — o maior volume já registrado pelo estado, com crescimento de 10,37% em relação a agosto.
No comparativo anual, as exportações mato-grossenses aumentaram 48,07% frente a setembro de 2024. Um destaque foi a maior participação do Chile, que superou os EUA e respondeu por 4,66% das exportações totais de carne bovina de MT em 2025, segundo o IMEA.
Apesar da menor demanda americana, a expectativa é que Mato Grosso mantenha o ritmo exportador, com a demanda internacional mais aquecida no final do ano, reforçando perspectivas de novos recordes de volume exportado.
O IMEA aponta que a lateralização das cotações em setembro/25 ocorreu devido ao aumento da participação de fêmeas nos abates, que foi de 44,03%, 6,81 pontos percentuais maior que em 2024. A demanda externa aquecida ajudou a sustentar os preços, mas a disponibilidade de fêmeas será determinante para o ritmo de valorização no longo prazo.
Na última semana, as cotações do boi gordo tiveram queda de 0,12%, ficando em R$ 292,92/@, influenciadas por escalas alongadas e demanda ainda aquecida.
O boi magro de 12@ também registrou recuo de 0,70%, com preço médio de R$ 341,71/@. Já o bezerro de 7@ caiu 1,88%, sendo cotado em média a R$ 13,00/kg, acompanhando a leve desvalorização do boi gordo no estado.
O IMEA ressalta que, a longo prazo, a expectativa é de novos ganhos para a arroba bovina, desde que a disponibilidade de fêmeas continue adequada para atender à demanda de abates e exportações.
Fonte: Portal do Agronegócio
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