Publicado em: 22/04/2016 às 09:15hs
A evolução da arroba é evidente no Estado nos últimos anos. Se em 2013 o valor fechou em R$ 99,69, em março deste ano atingiu a marca de R$ 151,57, alta de 52% em três anos. Vale dizer que os preços voltaram a ser competitivos para o produtor desde o início de 2014.
Perda- Para o presidente da Associação Nacional dos Produtores de Bovino de Corte (ANPBC), Alexandre Turquino, que trabalha com as matrizes em Eldorado (MS) e recria os animais em Bela Vista do Paraíso, próximo a Londrina, o Estado vem perdendo matrizes ano após ano, já que esses animais precisam de grande espaço de pasto para os bezerros. "No caso da engorda dos animais, é possível confiná-los tranquilamente."
Fôlego maior - Ele explica que com esse ajustamento de preços – graças à lei da oferta e procura – quem permaneceu na pecuária de corte está com um fôlego maior, investindo no solo e recuperação de pastagens. "O pecuarista sabe o que é bom para sua propriedade. Acho que este é um momento de investimento e tecnificação", salienta.
Liberação de crédito - Questionado se os produtores ficaram para trás em comparativo a outras cadeias de carne e também agricultura, Turquino avalia que isso aconteceu porque por muitos anos a atividade não tinha uma liberação de crédito adequada, de longo prazo, para investimento em pastagem. "Na minha concepção, são dois pontos principais para se obter bons resultados: primeiramente genética, que é algo que considero barato, e a reforma do pasto. O animal precisa ter comida de qualidade. É possível, por exemplo, o pecuarista arrendar sua aterra para áreas de soja por duas safras e a hora que ele for trabalhar com pecuária neste local, terá um solo rico por pelo menos seis anos", complementa.
Fonte: Folha de Londrina
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