Publicado em: 27/06/2025 às 17:00hs
Desde 2019, o Programa Carne Sustentável e Orgânica do Pantanal já distribuiu R$ 63,1 milhões em pagamentos diretos a produtores de Mato Grosso do Sul. Só em 2024 foram liberados R$ 20,5 milhões, e em 2025 a soma já ultrapassa R$ 12,2 milhões, mesmo antes do fim do primeiro semestre.
O valor médio repassado por cabeça saltou de R$ 86,26 em 2019 para R$ 134,58 em 2025 — o maior da série histórica. Dos 554.774 bovinos abatidos no período, 534.728 (96,4 %) atenderam aos requisitos do protocolo e receberam o incentivo.
Durante o Pantanal Tech, em Aquidauana, o secretário-executivo da Semadesc, Rogério Beretta, anunciou que o programa entrará em fase de transição para atualizar as regras de produção. O objetivo é alinhar o incentivo público ao reconhecimento de mercado, garantindo remuneração extra para a carne sustentável na ponta do varejo.
Entre 2022 e 2025, a categoria de fêmeas 8 dentes concentrou a maior fatia dos pagamentos, com 146.858 animais (25,5 % do total). Atualmente, o programa conta com 147 propriedades cadastradas, 90 responsáveis técnicos habilitados e 12 frigoríficos credenciados, assegurando rastreabilidade e cumprimento das exigências técnicas.
Para Guilherme Oliveira, diretor-executivo da ABPO, a revisão marca “uma virada estratégica” que deve ampliar o alcance da carne certificada. Ele citou o exemplo da Biocarnes, startup criada pelo produtor associado Leonardo de Barros, que já prepara o lançamento de cortes sustentáveis com o selo do Pantanal.
Reconhecido por adotar boas práticas de bem-estar animal, manejo de pastagens e rastreabilidade, o protocolo pantaneiro se consolida como modelo para o país. A expectativa é conectar cada vez mais o bioma Pantanal ao prato do consumidor consciente, fortalecendo produtores comprometidos com a conservação ambiental.
Fonte: Portal do Agronegócio
◄ Leia outras notícias