Publicado em: 26/09/2025 às 16:00hs
O mercado físico do boi gordo no Brasil registrou desvalorização na última semana, com a arroba sendo negociada a preços mais baixos em diversas regiões do país. A entrada de animais oriundos de parcerias, por meio de contratos a termo, tem ampliado a oferta e pressionado as cotações.
Segundo o analista da Safras & Mercado, Fernando Iglesias, os frigoríficos, especialmente os de maior porte, mantêm escalas de abate confortáveis, em torno de oito a nove dias úteis na média nacional. Esse cenário é reforçado pelo aumento da oferta de gado de parceria.
Apesar disso, Iglesias ressalta que as exportações continuam sendo o principal fator de sustentação do mercado, com volumes significativos embarcados em 2025.
No dia 25 de setembro, as cotações da arroba do boi gordo, na modalidade a prazo, registraram as seguintes variações:
No mercado atacadista, os preços também apresentaram queda, reflexo de uma reposição mais lenta entre atacado e varejo.
De acordo com Iglesias, a expectativa é de melhora na primeira quinzena de outubro, com a entrada dos salários na economia. No entanto, ele observa que a carne de frango mantém maior competitividade em relação à bovina, favorecida pelo preço mais acessível.
As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada somaram US$ 1,179 bilhão em setembro (15 dias úteis), com média diária de US$ 78,63 milhões. No período, foram embarcadas 209,6 mil toneladas, média de 13,9 mil toneladas por dia, a um preço médio de US$ 5.626,20 por tonelada.
Em comparação com setembro de 2024, os embarques apresentaram crescimento expressivo:
Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Fonte: Portal do Agronegócio
◄ Leia outras notícias