Publicado em: 20/10/2025 às 13:00hs
Pelo terceiro ano consecutivo, a MFG Agropecuária ocupa o topo do ranking dos maiores confinamentos do Brasil, elaborado pela Revista DBO, especializada em pecuária de corte. A empresa também comemora um feito histórico: 3,5 milhões de bovinos abatidos desde sua fundação, há 18 anos.
De acordo com Vagner Lopes, gerente corporativo de Confinamento da MFG Agropecuária, o recorde reflete o amadurecimento da pecuária nacional e a consolidação do confinamento como uma ferramenta estratégica.
“O que antes era uma alternativa para períodos de seca ou entressafra tornou-se uma atividade planejada e essencial à pecuária moderna”, destaca Lopes.
A MFG se tornou uma peça-chave no sistema de produção dos pecuaristas parceiros. Segundo Lopes, muitos criadores passaram a focar na cria e recria, deixando a fase de engorda sob responsabilidade da empresa, o que resultou em aumento de até dez vezes na capacidade de abate de diversos produtores.
O gerente lembra que o cenário da pecuária mudou radicalmente desde os anos 2000:
“Em 2007, não havia a profissionalização que vemos hoje. A tecnologia era limitada, os manejos menos eficientes e a rastreabilidade ainda gerava desconfiança”, relembra.
Atualmente, a MFG reúne oito unidades instaladas em São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Bahia, operando com dieta adensada, identificação eletrônica, câmeras 3D, drones, softwares de gestão, automação e controle sanitário rigoroso.
O primeiro grande salto tecnológico da MFG ocorreu em 2009, com a implantação da rastreabilidade animal. Desde então, a empresa avançou rumo à automação total do trato e à oferta de serviços nutricionais personalizados.
De acordo com Adriano Umezaki, gerente técnico de Nutrição da companhia, a nutrição de precisão é hoje uma das principais marcas dos grandes confinamentos brasileiros.
“Aliamos tecnologia, manejo eficiente e insumos de qualidade para garantir o controle completo das dietas e o bem-estar nutricional dos animais”, afirma.
A MFG também foi pioneira na adoção de protocolos sem o uso de ionóforos, reduzindo o estresse térmico, as emissões de metano e reforçando o conceito de bem-estar nutricional.
Reconhecida por suas práticas inovadoras, a MFG Agropecuária é uma das primeiras empresas do setor a abolir o uso de ferro quente na identificação dos animais e a adotar o manejo “nada nas mãos”, que prioriza o baixo estresse e a segurança dos bovinos.
A companhia também realiza aclimatação prévia dos animais ao cocho, mantém controle sanitário rigoroso e opera com indicadores próprios de bem-estar animal (BEA).
Segundo Maryele Rodrigues, gerente de Sanidade e Bem-estar Animal da MFG, a empresa conta com equipes especializadas, compostas por médicos-veterinários e supervisores dedicados ao acompanhamento contínuo da boiada.
“Esse acompanhamento integral reduziu de forma significativa a taxa de mortalidade dentro da companhia”, explica.
Entre as metas futuras, estão a padronização da infraestrutura com áreas sombreadas e enfermarias personalizadas, além da certificação completa de bem-estar animal até 2027.
Em 2025, a unidade de Tangará da Serra (MT) recebeu o selo Fair Food, primeiro passo rumo ao reconhecimento internacional das boas práticas da empresa.
Mesmo com o crescimento dos boitéis a partir de 2021, impulsionado pela alta do boi gordo e pela demanda chinesa, a originação continua sendo o alicerce das operações da MFG Agropecuária.
Segundo Vanderlei Finger, gerente geral de Compra de Gado, a empresa aprimorou o processo ao longo dos anos, combinando tecnologia, treinamento e relacionamento estratégico com os produtores.
“A parceria de engorda se tornou uma ferramenta de gestão moderna, mostrando aos pecuaristas como integrar produtividade e rentabilidade de forma sustentável”, conclui Finger.
Fonte: Portal do Agronegócio
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