Publicado em: 21/05/2025 às 13:30hs
Assim como os humanos sentem os efeitos de uma alimentação desequilibrada, como azia e má digestão, bovinos confinados também sofrem com problemas semelhantes. A causa está no alto teor de concentrado nas dietas fornecidas: cerca de 85%, restando apenas 15% de forragem, alimento natural da espécie.
Essa proporção, comum nos sistemas intensivos de produção, pode comprometer a digestão, provocar inflamações e afetar o desempenho e a qualidade da carne.
Com o objetivo de unir produtividade e cuidado com os animais, a MFG Agropecuária passou a investir fortemente em bem-estar nutricional em suas oito unidades distribuídas na Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e São Paulo.
Segundo Adriano Umezaki, gerente técnico de Nutrição da empresa, o bem-estar vai além da ambiência e manejo: “Tudo o que é oferecido via cocho impacta o animal. Nossa proposta é oferecer uma dieta saudável, respeitando a ruminação e adotando protocolos naturais, sem o uso de antibióticos.”
Quando a dieta contém alto volume de concentrado, há maior fermentação e, consequentemente, acidose ruminal — um processo inflamatório que atinge células do rúmen e do ceco, prejudicando a absorção de nutrientes.
Mesmo sem perda imediata de peso, a inflamação compromete a qualidade da carne, especialmente o marmoreio, que valoriza cortes premium. Em casos mais graves, bactérias podem migrar do trato digestivo para a corrente sanguínea, causando infecções generalizadas.
A MFG Agropecuária tem implementado soluções naturais certificadas para equilibrar o sistema digestivo dos bovinos. Destaque para a unidade de Tangará da Serra (MT), que conquistou o selo FairFood — reconhecimento das boas práticas de bem-estar animal e manejo racional.
Entre os recursos utilizados:
A dieta desenvolvida também conta com gorduras protegidas e naturais presentes em ingredientes como farelo de arroz, caroço e torta de algodão, que têm o dobro de energia em relação ao milho e não causam acidificação no rúmen.
Como reflexo dessas estratégias, a MFG Agropecuária apresenta média de ganho de peso diário (GMD) entre 1.660 g e 2 kg, especialmente em novilhos oriundos de genética superior com Índice Frigorífico elevado.
Essas medidas consolidam a MFG como referência em confinamento de bovinos, unindo eficiência produtiva, saúde animal e sustentabilidade.
Fonte: Portal do Agronegócio
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