Publicado em: 26/09/2023 às 16:30hs
No mesmo período, o ganho médio diário (GMD) evoluiu de uma faixa de 1,060 kg/dia (Bianchini et al. 2008) para 1,660 kg/dia, registrados nas dependências da MFG Agropecuária, grupo que possui seis confinamentos espalhados pelo país e já levou ao abate mais de 2 milhões de bovinos, tendo alguns lotes, filhos de touros com Índice Frigorífico, atingido 2kg/dia.
Um crescimento deste nível não surge do acaso, é fruto de investimento em tecnologias de última geração, ferramentas de gestão, logística, manejo, nutrição, genética e sanidade. Isso foi comprovado por quem visitou a ExpoSerra, de 6 a 10 de setembro, em Tangará da Serra (MT), onde o grupo comemorou 16 anos de história, em parceria com a Marfrig, líder mundial na venda de hambúrgueres, e Agropecuária Jacarezinho, líder na venda de touros Nelore CEIP.
“O sistema de confinamento evoluiu muito e podemos dizer que hoje a MFG Agropecuária é uma grande aliada da pecuária brasileira, ao torná-la mais intensiva e lucrativa, além de melhorar a qualidade da carne bovina para o consumidor final”, afirma Vagner Lopes, gerente corporativo de Confinamento Sênior da MFG Agropecuária.
Segundo ele, especialmente nos últimos cinco anos, o grupo atingiu um desempenho fora da curva, apresentando GMD, rendimento de carcaça e eficiência biológica acima da média – veja a figura. “A eficiência biológica representa quantos quilos de matéria seca o animal precisou comer para produzir uma arroba. Quanto menos ele comer, melhor é”, explica o gerente, informando ainda que, nos últimos quatro anos, a empresa saltou de 83 mil cabeças confinadas, em 2018, para 215 mil, em 2022.
Os confinamentos da MFG Agropecuária estão entre os mais modernos do mundo, a começar pela nutrição. Trabalham com três tipos de dieta, sendo duas para adaptação ao sistema intensivo e uma específica para terminação, quando o teor de volumoso é reduzido para 7%. A ração varia conforme a região.
No estado do Mato Grosso, por exemplo, são fornecidos DDG, gérmen de milho, torta de algodão, melaço de soja, milho reidratado e silagem de milho ou milheto. Um funcionário de moto é quem faz a leitura de cocho durante o dia e à noite, mas drones estão sendo testados na realização desta tarefa.
Na Fazenda São Marcelo (Mato Grosso) ficam os cochos e bebedouros eletrônicos que monitoram a alimentação em tempo real. Nesta unidade são concentradas as pesquisas com aditivos naturais que permitem à MFG Agropecuária a substituição gradual dos antimicrobianos, além da mitigação de gases de efeito estufa.
Também é onde está sendo conduzido um experimento inédito no qual o gado é exposto à luz artificial no início da noite, com o objetivo de medir o impacto no consumo alimentar dos bovinos, como é feito na avicultura, mas ainda não há resultados conclusivos.
Também está em processo de validação o que de mais avançado existe na pesagem bovina: as câmeras 3D. Com conexão bluetooth e wi-fi, o módulo “BF-109” - composto por três câmeras tridimensionais, um projetor de raios infravermelhos e um leitor RFID (para conexão com brincos eletrônicos) - foi instalado próximo dos bebedouros, onde os animais passam 30 vezes por dia. A margem de erro atual é de apenas 2% e o equipamento identifica sexo, idade e raça.
Além de toda a tecnologia empregada, um outro diferencial da MFG Agropecuária está na gestão de dados para a tomada de decisão. A propriedade utiliza um painel de “BI” (Business Intelligence), chamado SigAgro, para emitir relatórios detalhados dos lotes e eles poderão ficar ainda mais completos após a integração com as câmeras de pesagem.
Quinze indicadores de nutrição, desempenho zootécnico, sanidade e operacionais são acompanhados de perto. Todos eles possuem metas, o que permite melhorar continuamente os resultados do confinamento, além de identificar os gargalos de cada unidade. Funciona como um Benchmarking interno do grupo.
“As ferramentas gerenciais que usamos evitam a ‘comoditização’ do serviço de engorda, diferenciando-nos no mercado. Procuramos sempre municiar o pecuarista com informações exclusivas sobre o desempenho de seus animais”, explica Lopes.
Dependendo da unidade, há uma maior arborização ou uso de sombrites, coçadores e aspersores são utilizados para controle da poeira. Em todas as plantas os cochos são cobertos e os bovinos confinados passam por um rigoroso controle sanitário. Animais recém-chegados de distâncias superiores a 300 km recebem isotônico na água para se recuperarem do transporte.
Quando iniciou as atividades, o grupo trabalhava apenas com animais próprios, atualmente 96% pertencem a pecuaristas parceiros. “Cada vez mais o produtor encontra na MFG um parceiro para desafogar a pastagem em momentos estratégicos e qualificar o animal para o recebimento de premiações”, ressalta Vanderlei Finger, gerente geral de Compra de Gado da MFG. São quatro tipos de parceria: 1) compra direta; 2) diária; 3) arrobas produzidas e 4) quilos de matéria seca consumida.
Fonte: Pec Press® - Comunicação Estratégica
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