Publicado em: 06/11/2019 às 18:40hs
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou na terça-feira (05/11) à imprensa que ficou “um pouco decepcionada” com a negativa dos Estados Unidos em reabrir o mercado para a carne bovina in natura brasileira. Ela disse vai avaliar a necessidade de pedir uma reunião para tratar do assunto com o secretário de Agricultura americano, Sonny Perdue, em viagem que fará aos EUA no dia 17.
Barrada - A carne bovina in natura do Brasil está barrada nos EUA há mais de dois anos, por causa da detecção de carregamentos do produto com abscessos (inflamações). A decisão de manter o veto foi resultado de uma inspeção técnica realizada pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) em unidades brasileiras de produção de carne cujo relatório foi entregue ao Ministério da Agricultura na quinta-feira (31/11) da semana passada.
Etapas cumpridas - “Fiquei um pouco decepcionada, achei que tínhamos cumprido todas as etapas. Mas isso é mercado internacional, é assim que funciona. Manda quem está comprando. Vamos ver o que poder ser feito e revisto", afirmou.
Especulação - A ministra não comentou a especulação de que a reabertura está condicionada à implementação, pelo Brasil da cota para a importação de 750 mil toneladas de trigo de fora do Mercosul sem tarifa, o que deve beneficiar os EUA.
Nova inspeção - A ministra não confirmou se haverá uma nova inspeção americana a frigoríficos brasileiros, mas destacou que é preciso cumprir as exigências feitas pelos compradores. “Eles querem rever alguns pontos. Como eu já estava com uma viagem marcada para os Estados Unidos, vou ver exatamente se é necessário ou não ter uma conversa com o secretário de Agricultura americano para a gente ver isso. Os Estados Unidos são um excelente mercado, vamos reabrir sim. Vamos ver o que está precisando do dever de casa, o que faltou”, disse Tereza na saída de um evento para gestores da agropecuária em Brasília.
Continuidade - Em comunicado, a Associação dos Criadores de Gado de Mato Grosso (Acrimat) defendeu a continuidade das negociações com os EUA.
Atraso - A ministra mencionou que o atraso na reabertura não significa uma “catástrofe”, porque hoje o Brasil vive uma “euforia nas exportações de carnes para a China”. Em outubro, lembrou a Acrimat, as exportações de carne bovina in natura alcançaram 160,1 mil toneladas, um novo recorde mensal. A receita atingiu US$ 716,1 milhões.
Fonte: Portal Paraná Cooperativo
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