Bovinos de Corte

Mercado de reposição segue firme em setembro e bezerro registra maior valorização desde 2022

Alta expressiva no preço do bezerro


Publicado em: 23/09/2025 às 12:10hs

Mercado de reposição segue firme em setembro e bezerro registra maior valorização desde 2022
Foto: ANCP

O mercado de reposição manteve-se aquecido em setembro, com destaque para o bezerro, que registrou a maior valorização desde 2022. Dados da Scot Consultoria indicam que a valorização foi generalizada entre as categorias de bovinos anelorados, mesmo em um cenário de arroba pressionada para o boi gordo.

Demanda por animais jovens impulsiona preços

A procura por bezerros, garrotes e bois magros segue firme, sustentando os preços diante de uma oferta ainda restrita. Segundo a Scot, muitos compradores tentaram negociar com base nos preços da semana anterior, mas encontraram dificuldades para fechar negócios. Como resultado, o garrote e o boi magro registraram alta de 1,3% e 1,1%, respectivamente, enquanto o bezerro de ano subiu 1,4%.

Fêmeas também apresentam valorização

As fêmeas aneloradas, especialmente novilhas e vacas boiadeiras, tiveram aumento de 0,6% nos preços. O movimento é impulsionado pela maior demanda para a estação de monta e engorda, diante da escassez de machos destinados à recria. Já a bezerra de desmama registrou alta de 1,4%, enquanto a bezerra de ano avançou 0,3%, refletindo a expansão dos plantéis voltada aos ciclos de 2026/2027.

Relação de troca atrativa para recriadores

Segundo o consultor da Aliá Investimentos, João Bosco Bittencourt Júnior, a relação de troca do bezerro em relação à arroba do boi gordo tem apresentado ágio próximo de 38%, favorecendo quem revende cria e recria. “Os preços dos animais mais jovens estão firmes, enquanto a arroba do boi gordo não deve ficar abaixo de R$ 300,00/@”, afirma.

Perspectivas do mercado

Apesar de pequenas oscilações negativas possíveis nas categorias mais jovens, a expectativa é de manutenção dos preços em patamares elevados, com valorização contínua das categorias mais eradas. Bittencourt alerta que recriadores e invernistas devem acompanhar de perto os movimentos do mercado para não perder boas oportunidades de margem de lucro.

“Este ainda é um bom momento para compra, especialmente em regiões como Goiás, onde ainda há negócios em torno de R$ 2.300 por cabeça. A tendência é de menos abates de fêmeas e oferta cada vez mais restrita de bezerros, o que deve sustentar os preços”, conclui.

Fonte: Portal do Agronegócio

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