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Mercado de leilões pecuários enfrenta instabilidade no 1º semestre e prevê desafios para o restante do ano

Clima adverso e tarifa dos EUA sobre produtos brasileiros afetam comercialização e reduzem oferta de animais nos leilões, avalia Trajano Silva Remates


Publicado em: 28/07/2025 às 09:00hs

Mercado de leilões pecuários enfrenta instabilidade no 1º semestre e prevê desafios para o restante do ano
Foto: Trajano Silva Remates
Oscilações marcaram o mercado pecuário no primeiro semestre

O mercado de leilões pecuários registrou variações significativas ao longo do primeiro semestre de 2025. Segundo o diretor da Trajano Silva Remates, o leiloeiro Marcelo Silva, o ano começou com perspectivas positivas para o setor, mas eventos climáticos extremos acabaram afetando o desempenho do mercado.

“Começamos o ano com boas expectativas para a pecuária, mas enfrentamos uma seca no início e, depois, chuvas em excesso na segunda quinzena de junho, o que gerou fortes oscilações nos negócios”, explica.

Segundo semestre terá desafios adicionais

Para os próximos meses, Silva projeta um cenário ainda desafiador. O excesso de chuvas deve continuar impactando negativamente as atividades nas lavouras e nas fazendas. Além disso, a nova tarifa de 50% imposta pelo governo norte-americano sobre produtos brasileiros — anunciada por Donald Trump — representa um obstáculo adicional para o setor agropecuário.

“Essa medida afeta diretamente a pecuária e outras áreas. Já observamos menor oferta de animais nos leilões, queda nos preços por quilo e frigoríficos adotando uma postura mais cautelosa”, relata o executivo.

Expectativa por reversão da sobretaxa imposta pelos EUA

Apesar do cenário desafiador, Silva mantém a esperança de uma mudança no quadro. Ele destaca que a reversão da decisão dos Estados Unidos seria fundamental para recuperar a estabilidade nas negociações do setor.

“Se essa tarifa não for revista, teremos uma primavera morna em termos de comercialização de animais. Estamos torcendo para que essa decisão seja revertida e que as negociações voltem à normalidade”, conclui o diretor da Trajano Silva Remates.

Fonte: Portal do Agronegócio

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