Publicado em: 23/09/2021 às 18:00hs
No início do mês, o Brasil notificou dois casos atípicos de BSE (doença das vacas adultas) que desencadearam uma resposta imediata de seu principal importador, a China. Faz duas semanas que as exportações de carne bovina para a China foram paralisadas e, apesar da confiança das autoridades brasileiras na retomada do comércio, a situação está piorando. Outros três países colocaram proibição semelhante à carne bovina brasileira - Indonésia, Arábia Saudita e Egito -, fato que complica a situação do maior exportador mundial de carne bovina.
A China responde por 48% das exportações brasileiras de carne bovina, com um volume mensal de 90.000 toneladas reportado para julho, então as perdas semanais podem chegar a quase 30.000 toneladas, de acordo com o analista da indústria de carnes Simon Quilty, consultado pela ABC Network.
A disputa está focada nas datas de certificação e embarque (3 a 9 de setembro) e pode prolongar a situação atual. Enquanto isso, mais 7% do mercado internacional foram para a indústria de carne bovina brasileira, já que os três países mencionados acima proibiram as importações de carne bovina brasileira a partir desta semana. A Rússia também aplicou uma proibição parcial para unidades de processamento em dois estados brasileiros, Mato Grosso e Minas Gerais.
A situação pode levar a um aumento nos preços da carne bovina, já que a oferta está cada vez mais restrita devido à retração do rebanho na Austrália e na UE, à proibição de exportação aplicada pela Argentina e vários outros fatores.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), nenhuma investigação adicional foi necessária para os casos de EEB notificados no Brasil.
Fonte: Euromeatnews
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