Publicado em: 22/01/2016 às 16:45hs
Os exportadores de carne bovina de Mato Grosso precisarão diversificar as vendas entre diferentes mercados para melhorar o volume de embarques em 2016, já que o cenário de preços baixos de petróleo deverá continuar afetando a demanda por Venezuela e Rússia, avalia o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Mato Grosso, o principal estado produtor de carne bovina do Brasil, viu suas exportações do produto caírem 6,25% em 2015, para 298,1 mil toneladas.
“Essa redução no volume exportado ocorreu devido a dois fatores: a demanda mundial por carne bovina caiu em 2015 e também pelo fato de que grandes importadores da proteína bovina mato-grossense, como Rússia e Venezuela, reduziram drasticamente suas importações, devido à depreciação do preço de sua principal commodity, o petróleo”, disse o Imea no Boletim Semanal da Bovinocultura, divulgado nesta semana.
“Para 2016, o panorama do petróleo permanece sem alterações, a saída é a diversificação de mercados.”
Esse cenário de redução na demanda internacional, principalmente por Rússia e Venezuela, afetou não só Mato Grosso em 2015, como outros estados exportadores de carne bovina do Brasil, conforme já informou a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec). A entidade espera recuperação dos embarques em 2016 diante da abertura de novos mercados.
Segundo o Imea, a valorização do dólar frente ao real em 2015, dando impulso à competitividade da carne bovina brasileira, não foi suficiente para reverter o cenário de queda de exportações.
O Imea informou ainda que 2016 começa com maior quantidade de animais em pastos mato-grossenses, já que o rebanho do estado fechou 2015 com número recorde de animais, de 29,26 milhões de cabeças, aumento de 2,77% ante 2014. Os dados são do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea).
Após um 2015 com escassez de boi pronto para abate, a retenção de animais aumentou ao longo do ano passado e a indústria frigorífica espera melhora no cenário de oferta de matéria-prima em meados deste ano.
Fonte: CarneTec
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