Publicado em: 06/08/2015 às 14:00hs
Por potencializar o uso da pastagem, implantada logo após a lavoura, ou seja, na época seca do ano, outuno-inverno, o sistema possibilita, apenas com suplementação mineral para o animal, o ganho das sete arrobas na fase de recria, podendo se chegar a maiores ganhos de peso por animal com o uso de suplementação protéico-energética e, desta forma, antecipar o período de entrada na fase de terminação, chegando a 21 arrobas no período de 24 meses, como preconiza o conceito. “O maior potencial da ILP é a produção de pastagem de alta qualidade e quantidade, justamente num período de deficiência de pasto que é a entressafra”, explica o pesquisador.
Dados de um experimento desenvolvido pela Embrapa Gado de Corte, no período de 2006 a 2010, mostram números bem próximos ao conceito do boi 7.7.7. No trabalho de pesquisa, bem anterior ao conceito, foi alcançada a produção de 6,7 arrobas por animal na fase de recria, em sistema de integração com nível não tão intensivo. “Então é muito razoável alcançar esses valores em sistema de integração se comparado a pasto tradicional, onde é necessário o uso mais intenso de suplementação e/ou adubação. Na ILP, com a rotação lavoura/pasto em ciclos curtos, de dois a quatro anos, a propriedade pode contar com pastos novos a cada ano e ampliar a capacidade de produção de carne”, diz Giolo.
Por associar duas atividades - a lavoura e a pecuária - a ILP é mais eficiente na utilização dos recursos naturais e insumos de uma maneira geral. Também é mais eficiente dos pontos de vista produtivo e econômico, além de minimizar os impactos ambientais com a menor produção de gases de efeito estufa por quilo de carne produzida. “Apesar de todos os benefícios da integração, muitos pecuaristas ainda resistem à adoção do sistema, por este exigir maior capacidade de gestão e capital inicial para implantação”, conclui o pesquisador.
Fonte: Embrapa Gado de Corte
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