Publicado em: 16/04/2020 às 14:40hs
No Brasil, estima-se que 95% das inseminações vêm atrelado a um protocolo de IATF. Esta expressiva utilização é decorrente da capacidade desta técnica em melhorar a eficiência reprodutiva do rebanho, principalmente de vacas paridas com bezerro ao pé. Além disso, outro grande benefício do uso do programa IATF é o melhoramento genético expandido pelo uso massivo da inseminação em larga escala em fazendas de cria.
Com todos esses benefícios que o protocolo traz para o sistema de produção de cria, diversos pesquisadores vêm estudando formas para aumentar a porcentagem de vacas que se tornem gestantes quando são submetidas à IATF. Para avaliar o efeito do GnRH no momento da IATF agrupou-se um total de nove trabalhos que utilizaram fêmeas zebuínas mantidas a pasto, que avaliou a ocorrência de cio entre a retirada do dispositivo de P4 e a IATF e realizou o tratamento com GnRH em vacas com ou sem cio.
Dentro dos trabalhos agrupados, também foi avaliado o efeito do tratamento com GnRH e manifestação de cio de acordo com a duração em dias de implante no protocolo, 7 dias com implante (Figura 2), 8 dias com implante (Figura 3) e 9 dias com implante (Figura 4).
O tratamento com GnRH no momento da IATF pode ser considerada como ferramenta estratégica para incremento nas taxas de prenhes à IATF, especialmente nas vacas que não manifestaram cio entre a retirada do dispositivo e a inseminação. Esse efeito positivo aparentemente é independente da duração do protocolo.
Também é válido lembrar que se trata de um ajuste fino, uma estratégia para melhorar ainda mais os resultados de IATF que já são considerados bons. Alguns fatores limitantes também prejudicam e afetam a reprodução, nesse caso não vale apenas substituir todos os cuidados por uma dose de GnRH no momento da IATF. Vale ressaltar que fica a critério do médico veterinário avaliar as condições do rebanho e tomar a decisão sobre o uso ou não dessa ferramenta.
Fonte: Alta Genetics
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