Bovinos de Corte

Exportações de Carne Bovina Crescem 29% em Abril, Superando 300 Mil Toneladas, Aponta ABRAFRIGO

O mercado externo de carne bovina brasileira demonstrou um desempenho robusto em abril, com as exportações totais superando pela primeira vez no ano as 300 mil toneladas, impulsionadas por melhores preços


Publicado em: 13/05/2025 às 18:00hs

Exportações de Carne Bovina Crescem 29% em Abril, Superando 300 Mil Toneladas, Aponta ABRAFRIGO

A receita com o setor cresceu 29% em comparação ao mesmo mês de 2024, refletindo a demanda crescente de mercados chave, como China e Estados Unidos. As informações são da Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO), que divulgou dados sobre o desempenho das exportações.

Crescimento da Receita e Superação das 300 Mil Toneladas

Em abril, as exportações totais de carne bovina, que incluem carne in natura, processados e miudezas comestíveis, entre outros, registraram um crescimento de 29%, alcançando US$ 1,363 bilhão. A quantidade exportada também obteve um aumento significativo de 22%, ultrapassando pela primeira vez em 2025 a marca de 300 mil toneladas, com um total de 306.780 toneladas embarcadas. Este volume foi o quarto maior da história, superando as exportações de abril de 2024, que totalizaram 252.295 toneladas e geraram US$ 1,055 bilhão.

Acumulado de 2025: Aumento de Receita e Volume Exportado

No acumulado dos primeiros quatro meses de 2025, as exportações de carne bovina somaram 1.052.809 toneladas, o que representa um crescimento de 14% em relação ao mesmo período de 2024. A receita também acompanhou esse crescimento, atingindo US$ 4,644 bilhões, um aumento de 23% em comparação aos US$ 3,764 bilhões registrados no ano passado. O recorde de exportação permanece com o mês de outubro de 2024, quando o Brasil embarcou 319.289 toneladas.

Destaques por Países Importadores

China: Continuação da Liderança, Com Aumento nas Compras

A China permanece como o principal comprador da carne bovina brasileira, aumentando suas aquisições em 2% no primeiro quadrimestre de 2025. A quantidade importada pela China foi de 386.468 toneladas, com uma receita de US$ 1,884 bilhão, marcando um crescimento de 12,4%. Apesar desse aumento, sua participação nas receitas totais caiu de 44,6% para 40,6%, devido ao crescimento das exportações para novos mercados. O preço médio da carne bovina exportada para a China subiu de US$ 4.410 por tonelada, em 2024, para US$ 4.876 por tonelada, em 2025.

Estados Unidos: Expansão Acelerada nas Aquisições

Os Estados Unidos, segundo maior importador de carne bovina do Brasil, também apresentaram um crescimento significativo. As importações aumentaram em 84,2%, totalizando 247.145 toneladas em 2025, em comparação com 134.149 toneladas no ano passado. A receita gerada também saltou de US$ 397,7 milhões para US$ 863 milhões, um aumento de 117%. Como resultado, a participação dos EUA nas exportações brasileiras passou de 10,6% para 18,6%. O preço médio da carne exportada para os Estados Unidos também subiu de US$ 2.965 por tonelada para US$ 3.492.

Chile e Argélia: Aumento nas Compras e Maior Geração de Receita

O Chile, terceiro maior comprador da carne bovina brasileira, aumentou suas importações em 41,3%, totalizando 39.608 toneladas, o que gerou uma receita de US$ 211,9 milhões, um crescimento de 61,5%. Já a Argélia, que ocupou o quarto lugar nas compras, adquiriu 24.985 toneladas, com um aumento de 23,9% sobre 2024. A receita gerada foi de US$ 133 milhões, refletindo um crescimento de 44,4%.

Expansão de Mercados: Mais Países Aumentam Suas Compras

No total, 114 países aumentaram suas importações de carne bovina brasileira no primeiro quadrimestre de 2025, enquanto 42 países reduziram suas aquisições. Este cenário reflete a crescente valorização da carne bovina brasileira em mercados internacionais, com destaque para a diversificação dos destinos de exportação.

O desempenho das exportações de carne bovina brasileira no primeiro quadrimestre de 2025 demonstra um cenário promissor para o setor, com crescimento significativo tanto nas quantidades exportadas quanto na receita gerada. A diversificação dos mercados e a valorização dos preços no comércio internacional têm sido fatores chave para este sucesso, evidenciando a competitividade da carne brasileira no mercado global.

Fonte: Portal do Agronegócio

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