Publicado em: 24/12/2025 às 12:00hs
De acordo com o relatório Agro Mensal, divulgado pela Consultoria Agro do Itaú BBA, as exportações de carne bovina para a China serão determinantes para o equilíbrio dos preços do boi gordo nos próximos meses. A análise aponta que a manutenção do fluxo de embarques ao país asiático será essencial em um cenário de oferta elevada no curto prazo.
“O fluxo regular das exportações de carne bovina para a China será fundamental para evitar pressão sobre as cotações do boi gordo, considerando o aumento da oferta de animais de pasto e o período sazonal de descarte de fêmeas”, explica Cesar de Castro Alves, gerente da Consultoria Agro do Itaú BBA.
No mercado futuro, o preço médio da arroba do boi para 2026 foi cotado a R$ 333,10 em 12 de dezembro, o que representa alta de 6% em relação a 2025. O relatório destaca que a expectativa é de uma moderação gradual da oferta ao longo do próximo ano, o que pode contribuir para a estabilização das cotações no médio prazo.
A China adiou para janeiro a decisão sobre o processo de investigação de salvaguarda que envolve o setor de carne bovina — um tema sensível para o Brasil, principal fornecedor do mercado chinês, e para outros exportadores globais.
O adiamento reduziu a pressão sobre os contratos futuros de dezembro, enquanto o mercado físico permanece estável, limitando novas altas nos vencimentos mais curtos.
Embora a relação entre os preços da carne e do boi ainda indique algum espaço para valorização, a abundância de oferta impede movimentos mais fortes de alta.
Dados preliminares de abates sob inspeção federal (SIF) em novembro mostram manutenção do ritmo intenso observado em setembro e outubro, refletindo a boa disponibilidade de animais prontos para o abate.
As margens projetadas para os confinamentos permanecem positivas, sustentadas pelos preços futuros do boi e pelos custos de ração ainda controlados.
No entanto, o encarecimento do boi magro tem se tornado um ponto de atenção, já que a maior dificuldade de reposição pressiona a rentabilidade dos pecuaristas.
No caso do bezerro, o cenário é de continuidade da valorização, em razão da oferta restrita e da maior demanda nas etapas de recria e engorda.
Fonte: Portal do Agronegócio
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