Bovinos de Corte

Exportação Aquecida Impulsiona Alta Consistente nos Preços do Boi no Brasil em Outubro

Demanda externa e câmbio favorável elevam valor da arroba e estimulam cenário de crescimento no curto prazo


Publicado em: 04/11/2024 às 10:10hs

Exportação Aquecida Impulsiona Alta Consistente nos Preços do Boi no Brasil em Outubro

O mercado físico de boi gordo no Brasil registrou uma elevação consistente nos preços em outubro, impulsionada pela forte demanda de exportação e dificuldades na formação das escalas de abate. Segundo Fernando Iglesias, analista da Safras & Mercado, o cenário de alta foi marcado por novos recordes para a temporada atual, reforçado pela expectativa de que o movimento continue em curto prazo. A valorização do dólar em relação ao real também tem sido fundamental, tornando o mercado externo mais atraente para frigoríficos.

Os preços da arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais regiões produtoras do País no dia 31 de outubro eram os seguintes:

  • São Paulo (Capital): R$ 325,00 a arroba, alta de 16,07% em relação aos R$ 280,00 de setembro.
  • Goiás (Goiânia): R$ 315,00 a arroba, avanço de 16,67% frente aos R$ 270,00 de setembro.
  • Minas Gerais (Uberaba): R$ 320,00 a arroba, aumento de 18,52% em comparação aos R$ 270,00 no mês anterior.
  • Mato Grosso do Sul (Dourados): R$ 320,00 a arroba, valorização de 16,36% frente aos R$ 275,00 de setembro.
  • Mato Grosso (Cuiabá): R$ 310,00 a arroba, uma alta expressiva de 26,53% frente aos R$ 245,00 do fechamento de setembro.
  • Rondônia (Vilhena): R$ 300,00 a arroba, aumento de 17,65% em relação aos R$ 255,00 no final de setembro.
Mercado Atacadista

No mercado atacadista, a valorização nos preços se manteve ao longo de outubro e deve prosseguir em curto prazo. Iglesias observa que as proteínas concorrentes, como a carne de frango, também tendem a ter seus preços elevados devido à limitada oferta de carne bovina. Entre os cortes bovinos, o traseiro subiu 17,59% no mês, passando de R$ 19,90 para R$ 23,40 o quilo, enquanto o dianteiro registrou alta de 15,51%, subindo de R$ 15,15 para R$ 17,50 o quilo.

Esse cenário reflete um mercado de proteínas aquecido, impulsionado pela procura externa e pelo câmbio, beneficiando o setor de carnes em geral.

Fonte: Portal do Agronegócio

◄ Leia outras notícias