O frango vivo comercializado no interior de São Paulo encerrou o primeiro quadrimestre de 2014 valendo, em relação à cotação do boi gordo na mesma praça, tanto quanto valia um ano atrás, na mesma época. Mas em ambos os casos foi a pior relação entre preços do quadrimestre: no dia 30 de abril de 2013, 27% do preço do boi; um ano depois, um pouco menos: 26,40%, ou seja, perto de um quarto da cotação do boi.

Não chega a ser valor inédito. Pois, por exemplo, no início de 2012 o preço do frango vivo correspondeu a pouco mais de 20% do valor do boi gordo. Mas, sem dúvida, é resultado raro. Como rara foi a relação registrada no início de 2013 - 46,39%, um recorde nos últimos tempos. Mas isso se deveu não só à alta dos custos de produção do frango, mas também (ou sobretudo) à queda no volume produzido, o que possibilitou forte valorização do produto em relação ao boi.

Esse excepcional desempenho inicial fez com que a média do primeiro quadrimestre de 2013 ficasse em pouco mais de 40%. Mas como a partir de meados de março os preços do frango vivo passaram a registrar forte recuo, o valor médio do produto no ano correspondeu a 35,85% da cotação do boi – mesmo assim um índice 10% superior ao de 2012 (32,57%).

Em 2014 esses resultados vêm ficando muito aquém. Aliás, são os piores dos últimos três anos, pois o valor médio alcançado pelo frango no primeiro quadrimestre ficou a menos de 30% da cotação média do boi gordo. A redução, neste caso, foi de mais de 25% em relação ao ano passado.