Bovinos de Corte

Diferença de preços entre Mato Grosso e São Paulo alcança recorde, indica Imea

Na parcial de janeiro de 2024, o indicador de diferenciação atinge -18,62%, marcando o maior patamar da série histórica


Publicado em: 24/01/2024 às 13:10hs

Diferença de preços entre Mato Grosso e São Paulo alcança recorde, indica Imea

O Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (IMEA) revela que a disparidade de preços entre as praças de Mato Grosso e São Paulo atingiu o ponto mais alto da série histórica. O indicador, que está em -18,62% na parcial de janeiro de 2024 (até 19/01), supera a média do último mês.

Desde outubro de 2023, o valor por arroba do boi em Mato Grosso apresenta um desempenho estagnado, com um ganho mensal na ordem de R$ 1,00/@, encerrando dezembro de 2023 cotado a R$ 204,71/@. Por outro lado, na praça paulista, o boi gordo mantém preços mais sustentados, atingindo R$ 253,71/@ no último mês (ambos a prazo e livre de impostos).

Segundo o IMEA, este indicador se encaminha para estabelecer um novo recorde ao encerrar janeiro de 2024, considerando que, em Mato Grosso, as escalas alongadas e a fraca demanda interna indicam a manutenção de preços lateralizados.

Redução no Custo Operacional Efetivo

No estado de Mato Grosso, o Custo Operacional Efetivo (COE) para o sistema de recria e engorda registrou uma significativa redução de 27,54% no comparativo anual, atingindo R$ 197,00/@. Esse declínio é atribuído à queda nos custos com suplementação e aquisição de animais, diminuindo 23,99% e 37,71%, respectivamente.

O IMEA destaca a despesa com aquisição de animais, que passou de R$ 156,93/@ vendida em 2022 para R$ 97,76/@ no quarto trimestre de 2023, resultado da intensa oferta de animais de reposição, pressionando os preços favoravelmente aos invernistas.

Quanto à suplementação, representa um ponto de atenção diante da possível redução na produção de grãos devido ao fenômeno climático El Niño, podendo resultar no aumento dos preços dos insumos.

No cenário das cotações da arroba, o mercado permanece lateralizado, com um ganho semanal de 0,71%, indicando poucas alterações no interesse das indústrias pela proteína bovina. Além disso, a estabilidade se mantém para o boi magro, que teve um ajuste positivo de 0,44% em relação à última semana, com um preço médio de R$ 2.749,00/cab. 

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Fonte: Portal do Agronegócio

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