Publicado em: 22/09/2025 às 10:20hs
O painel “Produzindo a carne do futuro”, realizado na última quinta-feira (18/09) durante o Congresso Nacional da Carne (Conacarne 2025), em Belo Horizonte, reuniu pesquisadores, representantes da academia e entidades ligadas ao melhoramento genético. O encontro discutiu os caminhos da pecuária para alcançar maior eficiência, sustentabilidade e alinhamento com as demandas globais.
O professor Sérgio Bertelli Pflanzer, da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp, destacou que, apesar do avanço de proteínas alternativas, a carne bovina continuará sendo protagonista no futuro. Segundo ele, a chamada “carne do futuro” é a mesma já consumida atualmente, mas deverá ser produzida com mais tecnologia, eficiência e responsabilidade ambiental.
Bertelli reforçou ainda que o Brasil é o único país com capacidade de atender a crescente demanda mundial por proteína animal com qualidade, consolidando-se como referência global.
A mediação do debate foi conduzida por Stéphanie Ferreira, presidente da Comissão Nacional das Mulheres do Agro da CNA. Ela direcionou a discussão para a necessidade de unir ciência, programas de melhoramento e práticas de manejo no campo, de modo a transformar inovação em resultados concretos para produtores e consumidores.
O coordenador do Programa Embrapa Geneplus, Maury Dorta, ressaltou que o melhoramento genético é fundamental para a evolução da pecuária. Segundo ele, o trabalho precisa estar alinhado às demandas dos produtores e do mercado consumidor.
Dorta destacou ainda que, embora o zebu seja a base da pecuária brasileira, cruzamentos com raças taurinas e compostas podem elevar padrões de qualidade, especialmente no quesito maciez da carne, fator essencial para atender as exigências internacionais.
Encerrando o painel, o gerente de fomento dos Programas de Melhoramento Genético da ABCZ, Ricardo Abreu, reforçou o compromisso da entidade em ampliar o acesso dos criadores às ferramentas de melhoramento.
De acordo com Abreu, democratizar o uso da genética garante maior precocidade, eficiência reprodutiva e incremento do desfrute, consolidando o Brasil como referência mundial em pecuária de corte.
Fonte: Portal do Agronegócio
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