Como há tempos não se via, em maio as exportações de carnes in natura apresentaram resultado positivo em quase todos os quesitos – no volume, no preço médio e na receita cambial. Para não fugir à regra, houve uma exceção: da carne bovina, cujo preço médio ainda ficou aquém do registrado em maio de 2018. No mais, como se diz popularmente... foi só alegria.

Em termos de volume, quem registrou os maiores incrementos foi a carne suína, cujo volume – 58.085 toneladas, melhor embarque em quase dois anos – representou aumentos de 13,81% sobre o mês anterior e de 41,73% sobre maio de 2018. Por seu turno, a carne bovina – perto de 121 mil toneladas – apresentou acréscimo mensal de 10,16% e anual de 33,59%. Já a carne de frango teve expansão mais moderada – pouco mais pouco menos de 10%. Mas suas 345.900 toneladas representaram, praticamente, dois terços das três carnes exportadas (carne bovina: 23%; carne suína, 11%).

No tocante ao preço médio, o maior avanço mensal foi o da carne de frango (+6,32%), a carne suína vindo a seguir, com 4,77% de aumento. Aqui, o preço médio da carne bovina aumentou apenas 2,65%, ao mesmo tempo em que permaneceu negativo (-7,28%) em relação a maio de 2018, ocorrência da qual escaparam as carnes suína e de frango, ambas com incremento anual de preço superior a 11%.

Claro que tudo isso se refletiu – de forma ainda mais expressiva – na receita cambial, próxima de US$1,2 bilhão e significativamente maior que a do mês anterior e a do mesmo mês de 2018 (+16% e +26%, respectivamente).

Naturalmente, a maior contribuição (em valores relativos) veio da carne suína, cuja receita aumentou 19% e 58% em comparação à do mês anterior e à de maio de 2018. O incremento de receita da carne bovina ficou em, respectivamente, 13% e cerca de 24%, enquanto a carne de frango registrou aumento de quase 18% e de 22%.

Interessante notar que, a despeito de sua maior contribuição, a receita da carne suína manteve, em relação à receita total, a mesma participação observada no volume – 11%. Já a participação da carne bovina na receita subiu para 40% (23% do volume total), enquanto a da carne de frango (66% do volume total) ficou em 49%.