Bovinos de Corte

Cadeia da carne bovina sabe em quem votar, mas tem dúvidas sobre importância do setor rural no próximo governo

Na última década, o agronegócio foi responsável por US$ 500 bilhões em superávit para a balança comercial brasileira


Publicado em: 17/09/2014 às 15:30hs

Cadeia da carne bovina sabe em quem votar, mas tem dúvidas sobre importância do setor rural no próximo governo

Na última década, o agronegócio foi responsável por US$ 500 bilhões em superávit para a balança comercial brasileira – os demais setores representam perda de US$ 200 bilhões. Essa força econômica, porém, não significa que o campo tenha força política. “O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento transformou-se em moeda de troca entre os partidos do poder”, constata Eduardo Moura, presidente da Associação Nacional dos Confinadores (Assocon). Sendo assim, de que maneira se posicionar nas eleições de outubro?

“A cadeia da carne bovina já decidiu em quem votar no primeiro turno”, ressalta Moura, posicionando-se a favor do candidato Aécio Neves. “A questão mais relevante, no entanto, é saber em qual opção votar no segundo turno, caso o candidato do PSDB não avance. Estamos entre o modelo atual e um projeto desconhecido. Isso causa enorme preocupação no setor produtivo, que tem tido grande importância para a economia brasileira”, assinala Eduardo Moura.

A importância do tema política e agronegócios mereceu a realização de painel específico na abertura da 7ª Interconf – Conferência Internacional de Confinadores –, que está acontecendo em Goiânia (GO) até a 5ª feira, dia 18 de setembro. As discussões envolveram pesos pesados do agronegócio brasileiro.

É o caso de Luiz Claudio Paranhos, presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), maior entidade pecuária do país. “Um em cada quatro bifes consumidos no mundo é do Brasil. A importância econômica da cadeia de carne é muito grande e não podemos acreditar que o futuro governo não reconheça essa representatividade. O Brasil tem a melhor pecuária do mundo, produtiva e sustentável”, ressalta Paranhos.

“O momento é de decisão: interrompemos um ciclo ou partimos para um novo?”, questiona Eduardo Riedel, presidente da Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul). “O Mato Grosso do Sul é um dos estados mais agropecuários do Brasil e está preocupado”, diz.

O deputado federal Ronaldo Caiado mostra-se preocupado com os vários temas complexos sobre o agronegócio na agenda do próximo governo. “Há uma série de decisões a tomar relacionadas aos transgênicos, trabalho escravo, código florestal e carga tributária, entre outros”. Mais do que a presidência, é preciso que o setor produtivo escolha corretamente os membros do Congresso Federal. A bancada rural tem de ser forte e atuante”, pontua Caiado.

Interconf 2014 – O maior evento da pecuária intensiva da América Latina (15 a 18 de setembro de 2014, em Goiânia) debate oportunidades e desafios do setor pecuário e estratégias aplicadas para o crescimento da produção de carne bovina no Brasil, com temas relacionados à política e ao mapeamento do consumo de carne no Brasil.

A Interconf também promove minicursos técnicos voltados aos peões, capatazes e gestores de fazendas e discutirá: cenário econômico e perspectivas de consumo no Brasil; diferentes sistemas de produção e como o produtor pode aumentar sua produtividade/rentabilidade; desafios para ampliação do mercado internacional e como vender; e aspectos positivos da carne brasileira.

 

Fonte: TEXTO ASSESSORIA DE COMUNICAÇÕES

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