Isso corresponde a um acréscimo de cinco centavos e, com certeza, não cobre a inflação acumulada no trimestre. Pelo IGP-M ela já chega a 2,55%.

Menos mal para o boi, que encerra o período com valorização de 10%. E pior para o suíno que, apesar da forte valorização na primeira quinzena do mês, fecha março valendo apenas 86% do preço alcançado no início do ano.

A realidade, porém, é que a grande perda do trimestre ficou restrita ao frango. Pelo menos quando se compara o resultado atual com o de idêntico trimestre de 2013.

Em outras palavras, apesar do preço menor que o do início do período, o suíno alcançou no trimestre valor médio 6,6% superior ao do mesmo período do ano passado, enquanto a valorização do boi fica próxima dos 21,9% (um índice justificável não só pelas condições climáticas, mas também porque, no ano passado, a valorização do boi no primeiro trimestre não chegou a 1%).

Já o frango, fecha o trimestre com evolução negativa de preços. Em 2013, nos primeiros 90 dias do ano, alcançou preço médio de R$2,83/kg. Neste ano, com a média de R$2,44/kg, obtém remuneração 14% menor. Enquanto custo e inflação caminham, céleres, em direção oposta.