Em síntese, este relevante tema destaca a aplicação de práticas que garantam o bem-estar dos animais de produção, neste caso, dos bovinos em sistema de confinamento.

Conforme destaca o gerente executivo da ASSOCON, Bruno de Andrade, e responsável pela coordenação da Escola de Capacitação em Confinamento, uma crua realidade ainda norteia o ambiente de muitos frigoríficos que ainda não fazem a aplicação desta teoria em suas plantas industriais.

“Em geral o que acontece é ver estas empresas ou propriedades destinarem investimentos em ferramentas ou maquinários otimizando sua infra-estrutura, mas se esquecem de investir em algo ainda mais fundamental que é justamente no bem estar dos funcionários, no caso, na melhor qualificação da mão-de-obra da sua estrutura operacional”, diz Andrade.

De acordo com o gerente executivo da Associação, o gargalo citado acima pela falta de treinamento dos funcionários, infelizmente não esta restrito somente aos frigoríficos, mas também existe dentro das propriedades, dentro dos confinamentos.

“Quando os funcionários são mal treinados ou possuem uma baixa qualificação dificilmente haverá uma boa execução das operações delegadas e, consequentemente, o sistema de produção ficará comprometido com a falta de qualidade do produto final, no caso a carne bovina para ser ofertada ao exigente mercado consumidor”, concluiu Andrade.

O Manejo Racional e Abate Humanitário de Animais é um dos temas trabalhado no conteúdo programático da Escola de Capacitação da ASSOCON que neste ano já realizou a 1ª etapa de qualificação em Goiânia, no mês de março, seguiu para Água Boa, no Mato Grosso, dos dias 8 a 12 de abril e em Barretos (SP) para os dias 22 a 26 de abril no Sindicato Rural do Vale do Rio Grande, Praça Francisco Barreto, 242.

E a quarta e última etapa será em Campo Grande (MS) dos dias 20 a 24 de maio. Em todas as etapas estão incluídas visitas a um frigorífico e um confinamento.

Estudo Inédito - Este assunto vem alinhar com a constatação de um estudo inédito elaborado e divulgado recentemente pela Business Benchmark on Farm Animal Welfare (BBFAW) com o apoio da Sociedade Mundial de Proteção Animal (WSPA) e da Compassion in World Farming, que conferiu que entre as 68 maiores produtores globais de alimentos.

No estudo constatou-se que muitas destas empresas da cadeia da indústria alimentícia não estão gerenciando de maneira eficaz os seus riscos ou as suas oportunidades associados ao bem-estar dos animais de produção.

Tem faltado a ação interna neste sentido de articular providências para o manejo racional, do aprimoramento da qualificação de seus profissionais e, consequentemente, de ações que resultem no bem estar dos funcionários que estarão lidando com os animais, bem como a correta qualificação deles para a execução do manejo adequado.