Publicado em: 23/07/2021 às 13:10hs
Depois de estimar – em abril passado – aumento de apenas 0,85% nas exportações mundiais de carne de frango de 2021, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) efetuou ligeira correção nesse índice e agora prevê aumento de 1,16% sobre 2020. Mas, pela segunda vez neste ano, revê para baixo suas expectativas em relação ao Brasil.
Partindo do total exportado em 2021, 3,741 milhões de toneladas (o USDA só considera o produto in natura e não inclui nas suas estatísticas as exportações de pés/patas de frango), em janeiro o órgão previu que as exportações brasileiras do corrente somariam 3,920 milhões de toneladas – perto de 5% de aumento anual. Mas em abril corrigiu suas projeções para 3,875 milhões de toneladas e, agora em julho, para 3,850 milhões de toneladas – devido, explica o USDA, às restrições impostas pela Arábia Saudita à carne de frango brasileira.
Mas enquanto corrigiu para baixo as perspectivas brasileiras, o USDA elevou suas previsões para os EUA, Tailândia e China. Assim, entre os cinco principais players da exportação mundial de carne de frango, apenas a União Europeia permanece com tendência de decréscimo em relação a 2020 (queda de 4,5%).
No tocante a essas projeções é interessante notar que, embora a China esteja colocada como quinta maior exportadora mundial de carne de frango, é provável que suas exportações, neste ano, fiquem aquém das esperadas para a Turquia e a Ucrânia, cujos volumes devem, individualmente, ultrapassar as 400 mil toneladas.
Ainda assim, o volume total previsto para os cinco primeiros colocados deve aumentar pouco mais de 1,5% e corresponder a mais de 80% das exportações mundiais de carne de frango. Já para os demais exportadores (menos de 20% do volume total) é prevista redução de 1% no volume exportado.
Como detalhe final e pessoal do AviSite registre-se que nos seis primeiros meses deste ano as exportações brasileiras de carne de frango in natura aumentaram cerca de 5% em relação ao mesmo semestre de 2020. Ou seja: mantido esse desempenho no corrente semestre é provável que se alcance o aumento previsto pelo USDA na primeira projeção de 2021 e que acabou rebaixado nas duas projeções posteriores.
Quanto à queda de quase 5% nas exportações da União Europeia o USDA está correto: em boletim que acaba de divulgar (Verão de 2021), a Diretoria Geral para Agricultura e Desenvolvimento Rural da Comunidade Europeia estima que as exportações do bloco podem recuar até mais de 5%. Porque – justifica-se – mesmo estando superados, os recentes surtos de Influenza Aviária ainda entravam o comércio externo de diversos países do bloco. Em decorrência, a recuperação das exportações será paulatina e só em 2022 devem apresentar reversão.
Fonte: AviSite
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