Publicado em: 22/07/2013 às 15:10hs
Um comitê de gerenciamento de mercado zerou na quinta-feira o nível dos reembolsos destinados aos exportadores de frango congelado, depois de reduzir o apoio de 325 euros (430 dólares) por tonelada para 217 euros em outubro de 2012 e 108,50 euros em janeiro deste ano.
As indústrias de frango francesas, que têm contado com o reembolso para reforçar as vendas aos mercados do Oriente Médio, disseram que eles são indispensáveis em um período de altos custos com ração e diante da crescente competição com o Brasil.
O governo francês disse que está considerando formas de responder à medida. "Nada justifica está brutal decisão", disse o Ministério da Agricultura e Alimentação em comunicado.
O executivo da UE não concorda, e disse que considera os reembolsos injustificáveis devido à melhora das condições de mercado.
"(A) proposta para reduzir os reembolsos à exportação de frango foi baseada em uma situação de mercado e, em particular, nos altos preços observados no mercado interno, na esperada redução nos custos com ração --soja, milho e trigo-- e na tendência positiva e sustentada nas exportações da UE a terceiros países", disse Roger Waite, o porta-voz da UE para a comissão de agricultura da EU, por e-mail.
A França recebeu cerca de 94 por cento dos subsídios, que somaram 55 milhões de euros no total entre 2012 e 2013.
O governo francês disse que o mercado de frango piorou desde o último corte nos reembolsos para exportação, devido principalmente à dura competição com o Brasil. E argumenta que 10 dos 28 Estados-membros concordaram com a França em painel da UE.
As indústrias francesas alertaram que a decisão poderá levar a severas perdas de empregos.
"Se o corte nos subsídios à exportação era parcialmente justificado seis meses atrás, não faz sentido hoje em um mercado que tem se deteriorado fortemente e com os brasileiros fazendo pesado dumping", disse Christian Marinov, diretor da associação francesa de carne de frango.
Fonte: Reuters
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