Com certeza não será exagero afirmar que esse ajuste foi, a um só tempo, inesperado e extemporâneo. Inesperado porque, até a semana passada, as operações com o frango vivo em Minas Gerais transcorreram em mercado absolutamente fraco. Tanto que, em apenas quatro dias (de segunda a quinta-feira), o produto sofreu quatro baixas que representaram queda de mais de 10% em relação à semana anterior e aos meses anteriores (visto que a cotação local permaneceu inalterada por quase 90 dias, desde meados de junho de 2019).

Não há como negar, também, que mesmo sendo mínimo, esse reajuste é extemporâneo. Porque acontece ao fim do segundo decêndio do mês, momento em que, normalmente, as cotações entram “em parafuso” e despencam. De toda maneira, o mercado mineiro agora apresenta firmeza para o frango vivo, fator que pode conduzir a novos ajustes e a uma maior recuperação de preços.

Por ora – não custa notar – o produto registra redução de preço tanto mensal (-8,82%), como anual (-3,13%) e até trienal (-6,06% em relação a 19 de setembro de 2016).

A reversão registrada por Minas Gerais ainda não foi observada em São Paulo, onde o mercado segue fraco, com os negócios decrescendo à medida que o mês avança. Ainda assim, a cotação local – embora apenas referencial – continua inalterada em R$3,30/kg, valor que vem vigorando desde 18 de julho e que ontem chegou ao 94º dia de vigência.