Avicultura

Queda no preço do frango em junho é a mais acentuada dos últimos 18 anos, aponta Cepea

Preços do frango no atacado da Grande São Paulo caem fortemente em junho


Publicado em: 04/07/2025 às 13:10hs

Queda no preço do frango em junho é a mais acentuada dos últimos 18 anos, aponta Cepea
Foto: Jonathan Campos

Os preços médios da carne de frango negociada no mercado atacadista da Grande São Paulo sofreram, de maio para junho, a maior queda registrada em 18 anos, conforme levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

Gripe aviária em granja do Rio Grande do Sul afeta mercado

A retração nos valores está diretamente ligada ao surto inédito de gripe aviária confirmado em 15 de maio em uma granja comercial no município de Montenegro (RS). Nas primeiras semanas de junho, assim como na segunda quinzena de maio, a carne de frango doméstica sofreu forte desvalorização devido às restrições impostas por parceiros comerciais brasileiros, que suspenderam temporariamente as importações.

Brasil recupera status de livre da doença e mercado reage

No dia 18 de junho, o Brasil foi recertificado como país livre da gripe aviária, após cumprir todos os protocolos internacionais exigidos, o que gerou otimismo no setor avícola. Desde então, os preços da carne de frango apresentaram reação em diversas regiões do país, segundo o Cepea.

Queda histórica no preço do frango inteiro resfriado

Apesar da reação recente, os reajustes positivos não foram suficientes para compensar as expressivas quedas das primeiras semanas do mês. No atacado da Grande São Paulo, o preço médio do frango inteiro resfriado em junho ficou em R$ 7,50 por quilo, representando uma forte baixa de 13,4% em relação a maio.

Preço em menor patamar real desde setembro de 2024

Essa variação negativa é a mais intensa desde 2007, levando a média mensal para o menor patamar real desde setembro de 2024, considerando os valores ajustados pelo IPCA de maio de 2025.

O cenário reforça a volatilidade do mercado de carnes e os impactos que fatores sanitários e comerciais podem exercer sobre os preços da proteína no Brasil.

Fonte: Portal do Agronegócio

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