Publicado em: 18/07/2025 às 11:05hs
A primeira quinzena de julho foi marcada por queda nos preços dos ovos em todas as praças acompanhadas pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). O recuo nos valores é atribuído, principalmente, à menor demanda, reflexo do período de férias escolares, o que levou os produtores a concederem descontos nas negociações.
Embora as temperaturas mais amenas registradas em diversas regiões do país tenham contribuído para uma leve redução na produção, o que se vê é um mercado pressionado pelo ritmo lento das vendas. Segundo colaboradores do Cepea, esse desequilíbrio entre oferta e procura tem intensificado a queda nos preços.
Além da retração no consumo interno, o setor também está atento às tarifas anunciadas pelo governo dos Estados Unidos, principal destino das exportações brasileiras de ovos.
No primeiro semestre de 2025, os EUA foram responsáveis por 61% do volume exportado pelo Brasil, com destaque para o ritmo acelerado de compras, que vêm batendo recordes mensais consecutivos nos últimos cinco meses. Em relação ao mesmo período do ano anterior, o crescimento das exportações já acumula alta de 1.274%.
Apesar da forte expansão nas vendas externas, o Cepea ressalta que as exportações de ovos ainda representam menos de 1% da produção nacional.
Dessa forma, o impacto direto no mercado interno, pelo menos em um primeiro momento, tende a ser limitado, ao contrário do que pode ocorrer em outros segmentos do agronegócio mais expostos ao comércio exterior.
Com preços em queda, demanda enfraquecida e possíveis mudanças no cenário internacional, o setor avícola brasileiro segue em estado de atenção, buscando ajustar suas estratégias para enfrentar as pressões tanto do mercado interno quanto do ambiente externo.
Fonte: Portal do Agronegócio
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