Publicado em: 19/07/2021 às 11:50hs
Tal resultado corresponde, ponta a ponta, a um incremento de 900% e, à primeira vista, parece exagerado. Mas não é, pois no mesmo período a inflação apontada pelo IGP-DI da Fundação Getúlio Vargas acumulou (dados de junho passado) variação de 956%. Ou seja: o frango ficou a 94% da inflação.
Pior, porém, é que, mesmo tendo seu valor nominal decuplicado, o frango continua bem aquém de seu principal insumo e, por isso, maior formador de custo do setor, o milho. Pois, considerado o preço médio alcançado na primeira quinzena de julho, o grão registra agora variação de 1.200% em relação à época de implantação do Real – 300 pontos percentuais (ou 33,3%) a mais que o frango vivo.
Vale observar que o avanço do milho em relação à ave viva é recente, tem menos de dois anos. Tanto que, nos nove primeiros anos da década passada (2011 a 2019) frango e milho mantiveram, aproximadamente, a mesma paridade de preço registrada na época de implantação do Real, sujeitando-se às variações típicas das safras anuais do grão.
Esse status foi rompido no finalzinho de 2019, quando o milho acabou dolarizado em função das exportações. Desde então, independente da safra, seus preços se distanciam daqueles alcançados pelo frango.
E se, entre janeiro de 2011 e dezembro de 2019, os preços médios do milho evoluíram apenas 5% acima dos preços do frango, nos últimos 18 meses (janeiro de 2020 a junho de 2021) a diferença a favor do milho ultrapassa os 40%.
Fonte: AviSite
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