Publicado em: 06/03/2014 às 16:20hs
Analisando o desempenho da avicultura do México no ano que passou, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) observa que nos primeiros 11 meses de 2013 aproximadamente 98% das importações de carne de frango e de peru efetuadas pelo país foram supridas pela produção norte-americana.
O USDA ainda comenta que o governo mexicano abriu uma quota de importação de 300 mil toneladas para países com os quais o México não mantém acordos de livre comércio. O beneficiário dessa quota foi o Brasil, mas até novembro de 2013 somente 124 toneladas do produto haviam sido importadas.
Procurando justificar a ocorrência (já que era grande a demanda mexicana), o USDA consultou algumas fontes (não especificadas). Elas sugeriram que a falta de informação no tocante aos preços, a preferência dos consumidores e a infraestrutura local (isto é, carência de cadeia de frio para estocagem de produtos congelados) foram os fatores determinantes desse baixo nível de fornecimento.
Na opinião do USDA, a experiência adquirida deveria permitir superar tais obstáculos. Mas analistas opinam que, no médio prazo, são poucas as chances de o Brasil tornar-se grande fornecedor do mercado mexicano, especialmente porque a avicultura local vem se recuperando do baque enfrentado com os sucessivos surtos de Influenza Aviária.
Porém, o obstáculo maior (e difícil de superar) é a distância Pois até no segmento de food-service a preferência é por produto resfriado, item difícil de ser suprido por um fornecedor localizado a mais de 7 mil km de distância. Pior ainda, neste caso, quando o principal concorrente tem apenas uma fronteira terrestre a separá-lo do principal cliente.
Independente disso, porém, sobra pouco espaço para a entrada de novos fornecedores no mercado mexicano. Pois – previsão do USDA – depois de terem aumentado mais de 10% em 2013, as importações de carne de frango devem crescer não mais que 1,5% em 2014. E isso corresponde a um adicional de apenas 10 mil toneladas.
Fonte: Avisite
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