Mas ontem, 8, completaram-se 51 dias sem que o produto obtivesse qualquer variação positiva nas cotações. Ou seja: a última alta ocorreu em meados de março e, desde então, o frango vivo acumula perda já próxima de 15% - considerado neste caso o atual preço de referência – R$2,20/kg – visto que há muitos negócios a valores inferiores.

Mas isso tudo, ressalte-se, em São Paulo. Porque em Minas Gerais o espaço de tempo sem aumento é bem maior, de 78 dias. Isso quer dizer que desde fevereiro o frango mineiro não registra qualquer variação positiva de preço. E ontem, para agravar, os compradores impuseram nova baixa de cinco centavos ao produto que, assim, retrocedeu a R$2,00/kg e agora acumula baixa de mais de 20% em relação à cotação máxima alcançada em fevereiro.

Lembrando que no levantamento de março passado a Embrapa Suínos e Aves apontou, para Minas Gerais, custo de produção de R$2,30/kg (aviário convencional) e acrescentando que de lá para cá esse custo só aumentou, fica clara a dimensão do prejuízo enfrentado pelo produtor de frangos em Minas Gerais.