Publicado em: 21/10/2025 às 14:30hs
As alterações climáticas abruptas têm se tornado um desafio crescente para a avicultura brasileira, setor estratégico do agronegócio. Mudanças drásticas de temperatura de um dia para outro impactam diretamente a saúde das aves, comprometem a produtividade e aumentam os riscos financeiros para os produtores.
Especialistas apontam que uma abordagem integrada, combinando manejo ambiental, monitoramento constante e estratégias nutricionais, é essencial para driblar os efeitos do estresse térmico.
Segundo Juliana Forgiarini, nutricionista animal da Quimtia Brasil, mudanças repentinas de temperatura geram estresse térmico, provocando queda no consumo de ração e água, prejudicando a conversão alimentar e o ganho de peso.
“O estresse aumenta a vulnerabilidade a doenças, eleva a mortalidade e causa perdas zootécnicas significativas, com impactos financeiros multifacetados aos produtores”, alerta Juliana.
A especialista reforça que o monitoramento contínuo da ambiência é fundamental. Sistemas de ventilação, nebulização e resfriamento evaporativo, aliados a tecnologias que registram temperatura e umidade em tempo real, permitem ajustes rápidos para manter um ambiente estável e confortável para as aves.
Manter uma zona de conforto térmico nos galpões é prioridade. Forgiarini explica que, além de equipamentos de climatização, capacitar equipes de manejo é crucial para identificar sinais de estresse e implementar medidas corretivas de forma rápida e eficiente.
“A tecnologia combinada com treinamento contínuo garante que as aves permaneçam saudáveis mesmo diante de variações extremas de temperatura”, destaca a especialista.
No aspecto nutricional, a formulação de dietas específicas pode reduzir os efeitos negativos do clima. A inclusão de aditivos para equilíbrio da microbiota intestinal, digestibilidade aprimorada e suporte antioxidante ajuda a proteger a saúde das aves.
Além disso, a suplementação de eletrólitos e vitaminas, via água ou ração, restaura o equilíbrio eletrolítico e fortalece o sistema imunológico das aves.
“Ter uma abordagem proativa e bem-informada não apenas mantém a produtividade, mas pode melhorar a rentabilidade dos avicultores brasileiros”, conclui Juliana Forgiarini.
Embora muitos avicultores já adotem medidas para enfrentar as mudanças climáticas, muitas ações ainda são reativas e pouco otimizadas. Forgiarini recomenda o suporte de empresas especializadas em nutrição e manejo animal, que ajudam a implementar estratégias preventivas e personalizadas para cada granja.
“Contar com conhecimento técnico avançado é decisivo para garantir eficiência produtiva e segurança econômica no setor”, finaliza.
Fonte: Portal do Agronegócio
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