Publicado em: 05/09/2025 às 16:30hs
O mercado de frango vivo iniciou setembro sob pressão, registrando queda nos preços durante a primeira semana do mês. De acordo com Fernando Henrique Iglesias, analista e consultor da Safras & Mercado, a tendência de baixa deve se estender no curto prazo, em meio a um cenário ainda considerado complexo para o setor.
Em meio às dificuldades, uma notícia positiva movimentou o setor: a União Europeia reconheceu o Brasil como livre de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade, liberando as importações de produtos avícolas brasileiros.
Apesar disso, o retorno da China — antes do embargo, principal compradora da carne de frango brasileira — ainda é aguardado pelos produtores.
Os custos com alimentação animal permanecem em patamares estáveis, sustentados pela boa oferta de milho e farelo de soja. Essa condição traz alívio para produtores em meio à instabilidade do mercado.
No mercado atacadista, os preços apresentaram estabilidade ao longo da semana, mas a expectativa é de reação no curto prazo. A chegada dos salários deve estimular a reposição de estoques entre atacado e varejo, favorecendo o consumo.
Segundo Iglesias, a carne de frango continua sendo a proteína mais competitiva frente à carne bovina, especialmente diante da perda de poder de compra da população. O cenário é ainda mais relevante para famílias com renda entre um e dois salários mínimos, que encontram na carne de frango uma alternativa mais acessível.
As exportações brasileiras de carne de aves e miudezas comestíveis (frescas, refrigeradas ou congeladas) totalizaram US$ 655,6 milhões em agosto, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). O volume embarcado foi de 373,9 mil toneladas, com média diária de 17,8 mil toneladas.
O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.753,1. Na comparação com agosto de 2024, houve queda de 11% no valor médio diário e recuo de 15,3% no preço médio. Em contrapartida, a quantidade média diária exportada cresceu 5,1%.
Fonte: Portal do Agronegócio
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