Ontem, 9, o frango vivo negociado no mercado independente de Minas Gerais obteve seu terceiro reajuste consecutivo da semana e o quarto do mês de maio. A correção foi, novamente, de 10 centavos, como no dia anterior. Assim, as vendas de hoje estão sendo abertas à razão de R$5,20/kg.

Porém, nada garante que os negócios do dia se mantenham nesse patamar: a procura vem sendo intensa e, à primeira vista, o produto disponível é insuficiente para atende-la plenamente. Daí a perspectiva de continuidade dos reajustes, o que reduziria ainda mais a diferença de preço em relação a São Paulo, onde – a despeito do mercado igualmente firme – a cotação da ave viva permanece inalterada em R$5,50/kg.

Mas a redução da diferença entre as duas praças – agora de 30 centavos por quilograma – pode não ocorrer. Pois a carência do produto no interior paulista vem sendo tão intensa que parte dos compradores já procura garantir o abastecimento dos próximos dias. E, diante de tal quadro, também o frango paulista – que, por ora, conseguiu apenas duas correções de preço no mês – pode obter novo reajuste, mantendo o atual diferencial que o separa do produto mineiro.

Obviamente, a oferta é restrita nas duas praças. Mas o que vem dando sustentação aos reajustes verificados é o desempenho do frango abatido que, ainda favorecido pelo alto preço das outras duas carnes, continua registrando recordes de preço.

Ontem, no atacado da cidade de São Paulo, o produto resfriado chegou a ser comercializado por mais de R$7,00/kg, superando o recorde anterior que havia sido alcançado em maio passado.